Foto: Assessoria de Comunicação da Apib
Saiba o que teve de mais importante no monitoramento do Observatório dos Direitos e Políticas Indigenistas na última semana (29/08-04/09).
Em 2022, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) tem como projeto eleger uma bancada indígena para o Congresso Nacional. Para aldear a política, a Campanha Indígena 2022 apresenta 30 candidaturas de todas as regiões do País e de 31 povos. No total, 12 indígenas concorrem a vagas de deputado federal e 18 a Assembleias de diferentes estados. A indicações foram feitas por entidades indígenas que compõe a base da Apib, como a Coiab, Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), Grande Assembléia do povo Guarani (ATY GUASU), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (ARPINSUDESTE) e a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpin Sul). Além de formação e articulação, a Campanha Indígena fortalece as candidaturas por meio da divulgação, estratégia, comunicação visual e suporte jurídico.
Neste ano, o TSE registra, até o momento, 182 candidaturas indígenas, um aumento de 37% em relação a 2018. São 108 candidatos a deputado estadual e dois a distrital, 58 a deputado federal, quatro a senador e dois a governador. Ainda existem três candidatos à suplência do senado, quatro para vice-governador e um para a vice-presidência. Conheça os 30 candidatos da Campanha Indígena 2022.
Dos 30 candidatos, 11 são filiados à Rede Sustentabilidade, seis ao Partido dos Trabalhadores (PT) e 6 ao Psol. PCdoB, PDT, PSC, PTB e PV também estão representados. Hoje, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) é a única representante indígena na Câmara dos Deputados.
O Portal De Olho nos Ruralistas também levantou 56 chapas de partidos de centro-esquerda e progressistas (PT, PSOL, PSB, PCdoB, PSTU, Rede, PDT, UP e PV) e alinhadas ao movimento indígena: os candidatos representam 45 povos de 24 estados da Federação. Apenas Piauí, Rio Grande do Norte e Alagoas não têm nenhum candidato indígena, segundo o levantamento. Acesse o mapa interativo e conheça as propostas.
Assassinato na Bahia. Pistoleiros mataram um indígena de 14 anos na TI Comexatibá, no sul da Bahia, segundo o Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba). Outro indígena, de 16 anos, foi internado num hospital da região. O território do povo Pataxó está demarcado pela Funai, mas o processo não foi finalizado e homologado, o que motivou a retomada pacífica pelos indígenas em julho de 2022. Desde então, houve vários ataques contra o povo Pataxó.
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