Objetivo é conseguir levar programa social a áreas de difícil acesso
BRASÍLIA
O Ministério do Desenvolvimento Social prepara uma força-tarefa para abril para intensificar a busca de potenciais beneficiários do Bolsa Família na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
A tarefa exige preparo com antecedência, porque boa parte das áreas habitadas só é acessível por helicóptero ou por longas caminhadas. Além disso, em muitos casos é preciso também a participação de tradutores.
Será enviada uma comitiva entre os dias 10 e 14 de abril, chefiada pela secretária de Avaliação, Gestão da da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo, em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Será feita a capacitação dos entrevistadores responsáveis pelo cadastro e dos operadores do sistema. Além disso, haverá uma oficina de busca ativa para os gestores de todos os municípios da região.
Um dos objetivos é fazer a identificação correta das etnias, não prevista atualmente no momento do cadastro.
Segundo dados do ministério, o benefício já alcança 620.856 indígenas em todo país. Do total, 6.545, ou 1.316 famílias, são do povo yanomami. Só neste mês de março, foram incluídas novas dez famílias da etnia e em fevereiro, uma. Os números, no entanto, podem ser maiores em função da imprecisão do cadastro.

O governo federal declarou estado de emergência em saúde pública de importância nacional após a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Roraima para verificar a situação dos povos indígenas vivendo na terra yanomami, no final de janeiro.
A pasta chefiada por Wellington Dias não informou quantas famílias foram incluídas no programa desde então.
Os estados com o maior número de indígenas contemplados pelo programa são Amazonas (177.372), Mato Grosso do Sul (60.002) e Roraima (46.902).
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