É realizada a reunião do Conselho Diretor na casa do saber da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), entre os dias 03 e 05 de maio de 2023, contou com a participação de 50 conselheiros, sendo 10 representantes de cada uma das cinco coordenadorias regionais.

O conselho diretor tem o objetivo de deliberar, aprovar os trabalhos e andamento dos projetos da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN).
Nesta reunião foi discutida sobre a revisão e atualização dos instrumentos e papéis das instâncias de governança da FOIRN ( Conselho Diretor e Comissão Fiscal); apresentação da política de crédito de carbono, RED + e seus impactos aos territórios indígenas vantagens e desvantagens; Discussão e construção de agenda e pautas estratégicas da FOIRN, com a participação da diretoria e coordenação do Conselho Diretor e Conselheiros.

A pauta sobre o Crédito de Carbono red+, contou com a participação de Marcio Santili Sócio fundador do Instituto Socioambiental, Natalie Unterstell, presidente do instituto Talawoa e Shigueo Watanabe, especialista do Crédito de Carbono. Os conselheiros tiveram a oportuidade de conhecer mais sobre esse assunto, tirar suas dúvidas do verdadeiro funcionamento desse mercado, com suas vantagens e desvantagens dentro teritório indígena.

Os conselheiros questionaram sobre os valores serem abaixo do que esperam que seja, pois “somos guardiões desta mãe natureza há milhões de anos para sobrevivência humana do mundo todo” disse uma das lideranças e membro do conselho.
Um dos pedidos das lideranças foi, para que esse projeto seja implementado na região do Rio Negro, precisa – se obedecer o protocolo de consulta prévia as comunidades indígenas, onde a Foirn e demais instituições precisam estar cientes do funcionamento do projeto dentro do território indígena.

No terceiro e último dia, a reunião do Conselho Diretor foi realizada no telecentro do Instituto Socioambiental, onde apresentado os trabalhos da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais (CONAFER), com o objetivo esclarecer sobre a atuação no Rio Negro uma vez que não houve autorização para sua instalação de unidade e precisa de clareza ao seu papel e trabalhos.

As lideranças questionaram sobre a atuação da CONAFER nos tres municipios de abrangencia da FOIRN (Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira) pois já esta organizada a Federação com suas 91 associações de base tem planejamento para um bom resultado no futuro. E que para isso precisa- se ter uma cooperação técnica que venha somar com o Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA). Desde que se respeite os princípios e objetivos da Foirn para ser parceiro e querer atuar no território, o Conselho encaminhou que ainda terá reunião para ver essa definição se terá ou não uma possível parceria.
Silas Vaz, secretário da CONAFER, para a Amazônia, esclareceu sobre a atuação, que a princípio iniciou-se no município de Barcelos desde a estruturação física e técnica, e assim segue para os demais municípios, disse que entende a preocupação das lideranças indígenas que estão aqui para somar e respeita o protocolo de consulta e não sabia dos problemas exposto pelas lideranças e que o presidente da Conafer virá ao Rio Negro para o diálogo e que não se responsabilizam por outras organizações e pessoas estarem falando em nome da Conafer fora o seu diálogo e contatos pois não estão autorizados.
Para o conselho diretor e diretoria da Foirn e preciso que qualquer instituição e organização que queira trabalhar no Rio Negro tem que ter permissão e não chegar de qualquer jeito adentrar ao território e contratar pessoas e que está não estão legitimadas a falar pela região ou nossa representação já definida.
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