A II Oficina de Jovens e Mulheres Indígenas aconteceu na comunidade Canafé no município Barcelos (Am), nos dias 14 a 16 de outubro. Participaram da oficina, sete associações de base da Foirn da região do Médio e Baixo Rio Negro.
Realizado pela Foirn através do Departamento de Juventude (Dajirn) a II oficina teve como principal objetivo a criação de Núcleos de Jovens e Mulheres Indígenas da região do Médio e Baixo Rio Negro.
Organizados em núcleos, a juventude e as mulheres indígenas vão atuar efetivamente nas mobilizações e articulações no âmbito da Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro (Caimbrn), que coordena e mobiliza as associações de base da Foirn na região.
Participaram da oficina as associações de base: Acir – Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinha, Acimrn – Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro, Acirpp – Associação das Comunidades Indígenas do Rio Preto e Padauiri, Associação das mulheres, Amiarn – Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro, Aiacaj – Associação Indígena da Área de Canafé e Jurubaxi, e, Aibad – Associação Indígena do Baixo Rio Aracá e Demeni, e – Associação Yanomami Kurikama.
Coordenadora do Departamento de Jovens Indígenas do Rio Negro (Foirn), Sheine Diana apresentou a estrutura organizacional do departamento, atividades já realizadas e planejamentos do departamento para esclarecer aos participantes dúvidas referente aos trabalhos de atuação e incentivar a participação dos mesmos nos eventos realizados pelo departamento.
Na oficina foram realizados trabalhos em grupo por associação discutindo sobre o que é articulação e a importância da criação do núcleo por associações de base onde foi detalhado passo a passo para facilitar o entendimento dos jovens e mulheres.

A coordenadora destacou a importância do repasse de informações sobre os trabalhos do departamento a juventude da região. “Está sendo muito importante para mim, tanto pelo repasse de informações sobre o trabalho do Dajirn, como a realização das atividades previstas na região”. “Onde os jovens e mulheres estão participando e contribuindo nas discussões do movimento indígena”, completa.
Presidente da Associação das Mulheres indígenas do Alto Rio Negro (Amiarn) e Coordenadora do Departamento das Mulheres Indígenas do Rio Negro da Foirn na gestão 2017-2020, Elizângela da Silva Baré foi a palestrante da oficina.
Elizangela apresentou o histórico da luta das mulheres no movimento indígena. Ressaltou a importância da criação da rede e núcleo de mulheres e jovens indígenas para fortalecer a implementação dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas (PGTAs) da região, processo da qual ela participou diretamente durante a sua gestão no Dmirn.
“Hoje fico feliz de ver que a atual coordenação do departamento esta dando continuidade dessas ações do movimento indígena. O movimento indígena é isso, continuidade dos trabalhos, das ações, das coisas que a gente vê que são necessários para as nossas regiões, para nossas coordenadorias, comunidades e nossas terras indígenas. Por isso precisamos fortalecer e trazer as mulheres e jovens para participar e dar mais voz aos jovens e mulheres dentro do movimento indígena”, disse Elisangela.

Carlos Teixeira Nery, coordenador da Caimbrn, participou da oficina onde falou a importância da regularização das organizações da região para fortalecer a participação e o desenvolvimento de projetos e iniciativas na região.
Presidente da Foirn, Marivelton Barroso Baré, presente na oficina, apresentou os trabalhos desenvolvidos e destacou a importância das associações de base e a formação de novas lideranças no movimento indígena, que de acordo com ele, é importante garantir oportunidade aos jovens e mulheres nos encontros, reuniões, seminários, assembleias que são espaços de formação para novas lideranças.
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