Foto: Lohana Chaves/Funai

Saiba o que teve de mais importante no monitoramento do Observatório dos Direitos e Políticas Indigenistas na última semana (06/03-13/03).

Joenia Wapichana está comprometida a reconstruir a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Ao lado do presidente Lula, ela participou da 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Também estavam presentes a primeira-dama Janja Lula da Silva, os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; da Saúde, Nísia Trindade; da Defesa, José Múcio; e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. Joenia destacou a mudança de direcionamento na Funai, depois da gestão de Marcelo Xavier: “Foram anos e anos de paralisia, anos e anos de desmonte, anos e anos de sucateamento. Estamos recomeçando e reconstruindo esse órgão. Estamos aqui para contribuir com este governo mostrando os nossos valores indígenas e a nossa capacidade, olhando para todos os povos do Brasil. Quero compartilhar este desafio com os ministérios porque sozinha a Funai não vai dar conta de tudo. Temos que contar com apoio de outros órgãos”, disse. 

Frente Parlamentar. A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) conseguiu as 200 assinaturas necessárias para a recriação da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas. ““Está aqui a nossa frente parlamentar, para conduzir e para pensar soluções estratégicas para esse parlamento, que não pode ser omisso”, disse a deputada. Entre as prioridades da Frente Parlamentar, estão a oposição ao Projeto de Lei (PL) 490, que pretende inviabilizar as demarcações de TIs; a implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de TIs (PNGAT); o combate ao racismo; e a defesa do direitos das mulheres indígenas. 

Yanomami. O então vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, admitiu durante uma reunião do Conselho da Amazônia Legal que os garimpeiros continuavam a invadir a Terra Yanomami e que deveriam ser retirados, mas não fez nada. Na ocasião, ele era presidente do Conselho. A declaração está registrada em Ata do Conselho e foi obtida por reportagem da Agência Pública

Reportagem do Brasil de Fato mostra como o garimpo captura o imaginário de jovens indígenas, estimulando um conflito de gerações, fingindo empoderar os jovens com promessas de educação e bens materiais. “O garimpo alicia principalmente o jovem e oferece armas e celulares em troca de que eles trabalhem no garimpo. Ou muitas vezes oferecem dinheiro para que esses jovens os levem até as suas comunidades. Isso já por princípio causa uma desestruturação, de forma que os velhos vão perdendo autoridade”, explica a antropóloga Ana Maria Machado, da Rede Pró-Yanomami e Ye’kwana. Leia mais.

Thank you for your upload