A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem a público prestar esclarecimentos sobre a matéria publicada pelo veículo The Economist na última quinta-feira (09), com o título A religious challenge to “no contact” with isolated indigenous groups.

Inicialmente, cumpre informar que o coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai, Ricardo Lopes Dias, se empenhou em responder 12 perguntas ao veículo, abordando temas de grande amplitude sobre o indigenismo brasileiro e detalhando seu trabalho na fundação, o que não foi sequer considerado no texto. Apenas uma frase foi incluída na matéria, de maneira descontextualizada e preconceituosa. Por isso, faz-se necessário esclarecer alguns pontos.

Sobre o trecho “Se for necessário contato, isso deve ser feito pelo governo, não por missionários, disse o Sr. Lopes em um email”, o que foi dito pelo entrevistado foi “Quanto a contato de missionários com povos isolados, isso, na minha gestão não acontecerá. Havendo uma necessidade comprovada e incontornável de contato, temos profissionais experientes e mais tecnicamente capacitados para isso”.

Lopes Dias não utilizou o termo “governo”, trecho que na matéria pode ser interpretado como uma intenção do atual governo de contatar povos indígenas isolados, o que não é verdadeiro, tampouco em convênio ou parceria com missionários de qualquer credo.

A Funai, mais uma vez, reforça que Ricardo Lopes Dias não mantém vínculo com a Missão Novas Tribos, o qual teve fim em 2010. O foco do antropólogo à frente da Coordenação-geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) da fundação é estritamente técnico.

Não há intenção, por parte dele, de fazer proselitismo religioso, muito menos de destruir direitos já adquiridos e garantidos pela Constituição Federal à população indígena. Lopes Dias está à frente da coordenação a serviço do Estado Brasileiro para uma política indigenista sem cunho religioso, ideológico ou partidário.

Assessoria de Comunicação / Funai

Fonte: http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/6278-nota-de-esclarecimento-the-economist