Moradores da comunidade indígena Truaru da Cabeceira se reuniram na última sexta-feira (11), em uma atividade juntamente com a equipe do Departamento de Gestão Territorial, Ambiental e Mudanças Climáticas (DGTAMC) e Administrativo Financeiro do Conselho Indígena de Roraima (CIR), para discutir a implementação e definir prioridades do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA), além das ações de enfrentamento às mudanças climáticas.
Entre as prioridades da comunidade, definiram a construção de um açude para criação de peixe, garantindo uma fonte sustentável de alimento e renda, reativação do monitoramento territorial, fortalecendo o Grupo de Proteção e Vigilância Territorial Indígena (GPVTI), com equipamentos tecnológicos que irá auxiliar na atividade de campo, fortalecimento do projeto de gado, na aquisição de materiais essenciais para o manejo sustentável, respeitando o meio ambiente e as tradições indígenas, contribuindo para o fortalecimento econômico da comunidade.
Participação dos moradores na implementação do PGTA Fotos: Arquivo pessoal
Na linha das mulheres, definiram a construção da casa das mulheres, para o desenvolvimento de projetos coletivos e fortalecimento do empoderamento feminino e apoio ao projeto de avicultura da juventude, que vai gerar renda e garantir a segurança alimentar da comunidade.
As ações do PGTA ou plano de vida, como é chamado pelas lideranças, além de fortalecer a autonomia e a gestão do território, ajudará a comunidade no enfrentamento às mudanças climáticas e pressões externas, garantindo a proteção territorial e a manutenção dos modos tradicionais.
A atividade foi realizada no centro da comunidade indígena Truaru da Cabeceira, terra indígena Truaru, região Murupu. Homologada em 1991, a terra indígena Truaru possui uma extensão de 6 mil hectares, uma população de mais de 567 indígenas e 145 famílias, segundo dados do Distrito Leste de Roraima.
A atividade teve o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), Instituto Clima e Sociedade (ICS), Nia Tero e da Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID)
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