Com o início da agenda Abril Indígena, o Núcleo da Juventude Indígena do Conselho indígena de Roraima (CIR) reuniu ontem (04), as coordenações de juventude das regiões, Amajari, Alto Cauamé, Murupu, Raposa, Serra da Lua, Serras, Surumu e Tabaio, para avaliar as atividades de 2022 e planejar 2023, além de prestar informações gerais da atuação da juventude nas regiões. O encontro ocorreu na sede do CIR, em Boa Vista.
Um dos assuntos tratados foi a realização da Assembleia Estadual da Juventude Indígena de Roraima, ainda este ano. A reunião contou com a secretária do Movimento de Mulheres Indígenas, Kelliane Wapichana, do vice-coordenador do CIR, Enock Taurepang e dos coordenadores estaduais da Juventude, Raquel Viana e Messias Macuxi.
A coordenadora de Juventude, Raquel, destacou a importância da reunião das lideranças, com o intuito de alinhar os trabalhos realizados nas comunidades indígenas e regiões. “Com isso vem os fortalecimentos das bases via oficinas e encontros que estão sendo realizados pelas coordenações regionais de Juventude dentro da sua região, onde vêm abordando várias temáticas, sobre a família, a saúde mental, o fortalecimento cultural e tradicional, e como se fortalecer quanto juventude no movimento indígena”, destacou.
Viana destacou a existência do Núcleo desde o ano de 2015, mas ainda em 2011, as rodas de conversas já aconteciam para organizar o movimento. Citou como pioneiros nessa construção, os jovens indígenas, Enock Taurepang, Cirilo Aruak e Romário Wapichana, todos lideranças de base e estudantes, que viram a necessidade de uma representatividade da juventude no movimento indígena de Roraima.
Lembrou que durante uma das reuniões ampliadas defenderam a criação do Núcleo na estrutura organizacional do CIR. A atuação efetiva iniciou em 2017, com a coordenação do Alcebias Sapará, que ficou até 2022. Fruto do movimento da juventude indígena, Alcebias, atualmente, é vice-coordenador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira(COIAB).
O Núcleo da Juventude Indígena atua em 09 etno-regiões, dos povos Macuxi, Wapichana, Taurepang e Patamona. As regiões Yanomami e Ingaricó ainda não possuem representantes no Núcleo.
“Começamos a trabalhar a formação política e já reunimos quase dois mil jovens em assembleias na última assembleia, um passo e um marco muito importante”, Frisou Raquel.
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