Seguindo a programação da X Assembleia Estadual da Juventude Indígena de Roraima, na manhã desta quinta-feira (9), representantes de diversas instituições participaram de uma mesa para discutir o acesso de jovens indígenas ao ensino superior e outras oportunidades acadêmicas. A pauta foi marcada por relatos inspiradores, apresentação de políticas acadêmicas e programas de bolsas, além do incentivo à valorização cultural.
Participaram da mesa representantes da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e do Instituto Insikiran, Instituto Federal de Roraima (IFRR), Universidade Estadual de Roraima (UERR), Organização dos Professores Indígenas de Roraima (OPIRR), além do Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol (CIFCRSS) e da Faculdade Claretiano.
Clemilse Monteiro , coordenadora do CIFCRSS, destacou a importância da escola como espaço que reflete a realidade das comunidades, afirmando que a escola indígena é rica em saberes e tradições.
A representante do Claretiano, Deusielene, apresentou o sistema de bolsas da instituição e reforçou que as portas estão abertas para os jovens indígenas, mesmo diante da redução no número de acadêmicos. O Instituto Federal de Roraima também detalhou os métodos de inscrição e o apoio aos que sonham com o ensino superior.
Marileia, da OPIRR, falou sobre as parcerias que estão sendo construídas para ampliar o acesso da juventude indígena aos cursos profissionalizantes e acadêmicos. Já o Instituto Insikiran reforçou que há vagas disponíveis anualmente e convidou os jovens a se inscreverem e fazerem parte do futuro da educação indígena.
Durante o diálogo, os jovens participantes puderam fazer perguntas às instituições presentes.



Alunos e professores do Instituto Insikiran presentes na plenária de hoje.
Na segunda temática do dia, “Nossa decisão e a perspectiva da juventude na política partidária como estratégia de luta”, conduzida pela liderança Edinho Batista, foi discutido o papel da juventude indígena na política partidária como uma importante ferramenta de mobilização e defesa dos direitos coletivos. Edinho explicou o que significa política partidária para os povos indígenas, destacando sua relevância e implicações práticas.
A pauta tratou da participação dos povos indígenas nos partidos políticos e nos processos eleitorais, seja como candidatos, eleitores ou apoiadores, além da atuação dos partidos na proposição de políticas públicas específicas que atendam às demandas dos povos indígenas, como demarcação de terras, saúde e educação diferenciadas, proteção ambiental e autonomia cultural e territorial.
Segundo Edinho, participar da política partidária não deve ser apenas uma opção, mas uma decisão consciente. Ele ressaltou que, no próximo ano, é essencial que a juventude e os povos indígenas assumam o compromisso de eleger representantes legítimos, pessoas que realmente falem por seus povos e defendam seus interesses. “Essa é a política do malocão que tem que prevalecer”, destacou.
Compuseram a mesa de debate também a liderança Enock Taurepang e o Dr. Raposo.
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