Há 10 anos, em 2011, os povos Krahô, Apinayé, Krikati, Gavião Pykobjê, Canela Apanjekra e Memortumré Canela consolidaram o  Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) das Terras Indígenas Timbira. A edição comemorativa da publicação está disponível online, junto com o vídeo que apresenta as questões trabalhadas pelas comunidades Timbira na gestão de seu território.

Acesse aqui o Plano de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas Timbira.

Como ferramenta viva, que deve refletir os acordos de gestão e planos de futuro dos povos Timbira, em diálogo com as constantes mudanças das dinâmicas territoriais, o PGTA das Terras Timbira está em um novo ciclo de ações voltadas para sua atualização, promovidas pela Associação Wyty Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins em parceria com o Centro de Trabalho Indigenista. As ações fazem parte do projeto Articulação dos Povos Timbira para Implementação da PNGATI, apoiado pelo  Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF)*.

A atualização segue o processo contínuo de formação de pesquisadores e agentes ambientais Timbira, as expedições de mapeamentos participativos e de monitoramento dos territórios, e os encontros em reuniões e assembléias para trocas de experiências e saberes, e repactuação de acordos de gestão territorial e ambiental. Além das seis terras incluídas na primeira versão do PGTA, o processo de atualização vem contando com a participação das comunidades das TIs Geralda Toco Preto (Krepymcatêjê) e Krenyê.

Atualmente os Timbira são mais de 12 mil indígenas, em mais de 100 aldeias, em nove Terras Indígenas no norte do Tocantins, sul do Maranhão e sudeste do Pará. Juntos, os territórios somam mais de 1 milhão de hectares, locais de importantes reservas de proteção da biodiversidade do Cerrado e de transição para a Amazônia.

Hoje, as nove terras indígenas são ilhas de preservação em meio a um Cerrado cada vez mais ameaçado pela expansão das monoculturas de soja e eucalipto e pelos grandes projetos de infraestrutura, trazendo impactos diretos na vida das comunidades Timbira.

Os esforços de elaboração e atualização do PGTA das Terras Indígenas Timbira significam também o fortalecimento das estratégias políticas dos povos Timbira no diálogo com a sociedade não indígena, trazendo as reflexões dos mais velhos, das mulheres e lideranças, sobre os desafios para o futuro dos povos Timbira e a proteção dos territórios e do Cerrado.

*O Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos é uma iniciativa conjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento, da Conservação Internacional, União Europeia, do Fundo Global para o Meio Ambiente, do Governo do Japão e do Banco Mundial. Uma meta fundamental é garantir que a sociedade civil esteja envolvida com a conservação da biodiversidade.

 

 

 

Fonte: https://trabalhoindigenista.org.br/10anos-pgta-timbira/

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