Por Fernando Ralfer/CTI
Durante três dias, de 06 a 08 de agosto, as equipes do Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e do Instituto Sociedade, População e Natureza (IPSN), juntamente com os representantes e equipes técnicas das organizações indígenas Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA), Articulação de Mulheres Indígenas do Maranhão (AMIMA) e Associação Wyty-Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins, estiveram reunidas, em Imperatriz-MA, na 2ª Reunião de Avaliação, Monitoramento e Planejamento do projeto “Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental: Conservar, Proteger e Restaurar”.
Durante a reunião, foram apresentados e avaliados os resultados das ações do primeiro ano do projeto, entre elas as expedições de mapeamento participativo e monitoramento territorial, início de processos de restauração nos territórios, oficinas de produção de mudas e criação de viveiros, formação de agentes ambientais e comunicadores indígenas, entre outras.
Na reunião também foi feito o planejamento das atividades do ano subsequente e elaboradas as minutas de editais de pequenos e microprojetos comunitários, cujas linhas temáticas estão relacionadas à gestão territorial e ambiental, fortalecimento das economias da sociobiodiversidade, restauração, incidência política, juventude e comunicação, segurança alimentar e nutricional, mulheres indígenas e territórios, dentre outros aspectos.
“É um momento importante de alinhamento entre as organizações parceiras, para o planejamento, avaliação e monitoramento das atividades, e também para atualizar as estratégias de defesa de direitos dos povos indígenas e proteção de seus territórios na região e no País”, explica Juliana Noleto, coordenadora do projeto.
Iniciado no segundo semestre de 2023, o projeto Aliança terá duração de cinco anos e representa o aprofundamento de sua versão anterior, iniciada em 2019. Tem como objetivo principal contribuir para a proteção, conservação e restauração florestal na região da Amazônia Oriental, onde estão localizadas 14 terras indígenas dos complexos territoriais Tupi e Jê-Timbira, que compreendem quase 2,5 milhões de hectares no Maranhão e norte do Tocantins, abrangendo uma população de cerca de 35.000 pessoas.
Sua principal frente de atuação consiste no fortalecimento de iniciativas de gestão territorial comunitária, apoiando redes e alianças locais que atuam em prol das florestas e dos serviços ecossistêmicos, a partir das percepções e práticas locais de povos indígenas, ampliando a capacitação dos povos indígenas e de suas organizações, no apoio a projetos comunitários, na implementação de planos de gestão territorial e ambiental para Terras Indígenas (PGTAs), no apoio às organizações locais e regionais de mulheres indígenas, no fomento da agricultura tradicional e da segurança alimentar e na restauração florestal, reforçando a importância da proteção das Terras Indígenas para a conservação da biodiversidade da Amazônia Oriental.
É executado pelo CTI e ISPN, juntamente com as organizações indígenas COAPIMA, AMIMA e Wyty Catë, e conta com apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
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Fonte: https://trabalhoindigenista.org.br/2areuniao-alianca-povos-amazonia-oriental/
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