Oriximiná, 1º/11/2020 – Os 21 profissionais de saúde das Forças Armadas concluíram, nessa segunda-feira (30), as ações na Missão Guamá Tocatins. A equipe médica e veterinária esteve em nove aldeias assistidas no noroeste do Pará. Realizada em parceria com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, a missão transportou 31 mil itens de saúde, entre equipamentos de proteção individual e insumos.
O Coordenador logístico da Guamá Tocantins, Coronel do Exército Fábio Felippe, ressaltou que a maioria das aldeias indígenas atendidas receberam, pela primeira vez, o apoio de saúde de um órgão do Estado. “Foi uma missão com mais de quarenta horas de voo. Houve uma integração entre o trabalho do Exército, Marinha, Aeronáutica e da Sesai. Foi um trabalho de muita dedicação e concluo que tivemos sucesso”, disse ele.
O representante da Sesai, Geraldo Cavalcanti, avalia a Missão Guamá Tocantins com pleno êxito. “Pudemos ver que todos se empenharam no cumprimento da missão e levam consigo a melhor impressão possível desse ambiente, de equilíbrio e de muita necessidade de atendimento de saúde. Sesai e Ministério da Defesa estão de parabéns por essa iniciativa”, destacou.
No retorno da missão, os militares desembarcaram no Ceará, Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. Em Brasília, o assistente de coordenação da missão, General Marco Antônio Martin, entregou os certificados a equipe que desembarcou ou fez escala na capital federal, e parabenizou a todos pelo trabalho. “Podem ter certeza que vocês fizeram um trabalho bastante expressivo e extraordinário. Houve uma grande integração entre as três Forças”, enfatizou.
Com sentimento de dever cumprido, lembranças de uma realidade diferente das que estão habituados nos grandes centros urbanos, os militares voltaram às suas respectivas rotinas. A Capitã Médica Deborah Scardino, do Hospital Geral de Fortaleza (HGEF), do Exército, relata que esse trabalho é impactante tanto para vida pessoal como profissional. “Foi uma missão importante e nobre, pois levamos assistência médica até às áreas mais remotas do país. Para nós, médicos, esse tipo de ação enobrece nossas almas e é uma rica fonte de aprendizado, nos faz crescer não só como profissionais, mas também como seres humanos”, concluiu.
Atendimento a comunidades indígenas
Diante da pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Defesa, em parceria com o Ministério da Saúde, vem realizando atendimento médico em aldeias afastadas. Essa é a 18ª Missão Interministerial de Combate à Covid 19. A ação evita a necessidade de deslocamento dos indígenas às cidades em busca de assistência médica. A população na região Guamá Tocantins é de 2,4 mil indígenas. São 11 etnias na localidade nas aldeias espalhadas entre a Bacia do Rio Trombetas e fronteira do país com a Guiana e Suriname.
Todos os profissionais que embarcaram na missão, passaram por triagem médica e apresentaram o exame negativo para Covid-19. Além disso, realizaram os atendimentos devidamente paramentados com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Operação Covid-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate ao novo coronavírus. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia.
As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento.
Por Mariana Alvarenga
Fotos: Tenente Coronel André
Para acessar fotos da Operação COVID-19, visite os Flickrs da Operação. (Link1/Link2/Link3)
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