Mais de dois mil estudantes indígenas de vários povos e instituições de ensino se reúnem essa semana na Unicamp em São Paulo, para o IX Encontro Nacional de Estudantes Indígenas com o tema Ancestralidade e contemporaneidade – Tecendo histórias a partir das epistemologias, cosmologias, ontologias e vivência dos povos indígenas.

Oficinas, debates, simpósios temáticos, atividades culturais e formativas integram a programação, que reúne também intelectuais, ativistas e artistas indígenas de todo país.

Realizado desde 2013, o ENEI é um espaço de troca e de fortalecimento da luta dos povos indígenas no Brasil, e promove formação e fortalecimento de redes de alianças nas mais diversas frentes de atuação dos povos indígenas, sobretudo, nas universidades no Brasil hoje.

Lorena Araújo do Povo Tariana, Coordenadora do Departamento de Educação e Cultura da Foirn, destaca a importância da participação no encontro.

“Por entender a importância das interlocuções fundamentais com aliados não indígenas, pensadores e indígenas que a FOIRN está presente no IX ENEI para dialogar com os alunos de graduação e pós-graduação do Rio Negro com o objetivo de fortalecer a interação entre os estudantes e movimento indígena para demarcar as universidades”, afirma.

A formalização do movimento de estudantes indígenas é um dos objetivos da nona edição do ENEI, que termina na sexta-feira,29.

Delegação da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn). Foto: Reprodução.

E a Delegação da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), foi composta por Lorena Marinho Araújo, Rosane Cruz, Mirian Brito, Maria Izoneia Marinho, Deusimar Sarmento, Greciane Gonçalves, Maria Hildete M. Araújo e Silvio Matos. A equipe contou como apoio do parceiro institucional WCS do Brasil para se deslocar e participar do encontro.

O encontro foi aberto com danças e rituais indígenas, além de manifestações contra a violência aos povos indígenas e pelo direito à terra dos povos originários.

O reitor da Unicamp o magnifico José de Almeida Meireles, disse que o tema fala muito desse momento presente. Nessas ultimas décadas houve grande processos de transformação no país, e que esses processos tiveram reflexo muito relevante na universidade que foi o processo de inclusão, de aproximação da Universidade daquilo que é a nossa composição como país.

“… com vários grupos étnicos, raciais, culturais que contribuíram muito para a formação do nosso país e os indígenas sem duvida estão entre esses povos de primeira importância que sofreram  muito nesse processo, perderam espaço, perderam terra, perderam um monte de aspectos de sua vida e o que a gente está vivendo hoje em dia é um processo de recuperação disso, de resgate dessa importância, dessa cultura na formação do nosso país e para isso é uma coisa muito importante”. Afirmou.

Fonte: https://foirn.wordpress.com/2022/07/28/ancestralidade-e-contemporaneidade-e-o-tema-do-ix-enei-realizado-na-unicamp-sp/

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