A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), através do Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro (DMIRN), realizou no dia 11 de fevereiro uma reunião extraordinária para a indicação da nova Coordenação Geral, para fortalecimento do âmbito do movimento das mulheres indígena nacional e do Rio Negro. A atual Coordenadora do Departamento, Maria do Rosário (Dadá Baniwa), eleita em 2020, aceitou o compromisso com a indicação das lideranças indígenas do Rio Negro para assumir a Coordenação Regional do Rio Negro da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI).

Diante disso, o DMIRN convocou uma reunião extraordinária para repasse de informações sobre os trabalhos e a necessidade de eleição de uma nova coordenadora pelas mulheres indígenas das coordenadorias regionais através de indicação de uma de suas conselheiras.

Por ser conhecedora dos projetos em andamento do departamento e um histórico de participação do movimento indígena das mulheres do Rio Negro, na avaliação das participantes e conselheiras presentes, culminou na indicação da professora Cleocimara Baré da comunidade Cartucho – Médio Rio Negro do município de Santa Isabel do Rio Negro, formada em Licenciatura de Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável – Yēgatu. Desde 2008 vem atuando com experiência no movimento de mulheres Indígena do Rio Negro, como presidente da Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas (ACIR).

As mulheres indígenas do Rio Negro foram precursoras na criação de associações de base lideradas por mulheres, assim como na luta pela criação de um departamento que pudesse atender aos seus anseios e necessidades como mulheres indígenas, que completou 20 anos em 2022. 

Muitos são os desafios das mulheres indígenas da região. Ao longo de séculos houve enfrentamento a violência opressora do colonialismo, assim como do Estado brasileiro e suas políticas de desenvolvimento para a Amazônia, que sempre desconsideraram as vulnerabilidades dos povos tradicionais, em especial das mulheres, sempre mais atingidas pelos problemas sociais, econômicos e culturais.

Buscar melhores condições de vida para as mulheres indígenas, envolvendo a criação de políticas públicas, assim como promover o controle social é papel do Departamento de Mulheres da Foirn em parceria com organizações públicas e da sociedade civil, estão engajadas na luta por equidade de gênero, assim como pelo protagonismo feminino para que as mulheres indígenas possam ocupar espaços de decisão, tanto no nosso mundo indígena, quanto na sociedade não indígena.

No âmbito atual do movimento indígena do Rio Negro e nacional o protagonismo das mulheres indígenas tem conquistado espaços nos últimos anos, levando suas lideranças a reconhecimento mundial, destacando-se a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a Presidente da FUNAI, Joênia Wapichana.

Fonte: https://foirn.wordpress.com/2023/02/14/no-rio-negro-mulheres-reafirmam-protagonismo-durante-a-indicacao-da-nova-coordenacao-para-o-departamento-de-mulheres-indigenas-da-foirn/

Thank you for your upload