À frente da Coordenação Regional de Manaus, Francisco de Sousa Castro, é o primeiro entrevistado na série de publicações programadas para o Abril Indígena 2020. Nesta entrevista, o coordenador aborda as iniciativas de etnodesenvolvimento e geração de renda e as medidas de prevenção ao coronavírus realizadas pela Funai nas bacias hidrográficas do Baixo Amazonas, Madeira, Purus e Solimões.
Entre os desafios para a região, Francisco de Sousa destaca a necessidade de se promover o incremento da produção autossustentável nas Terras Indígenas. “Manejo da pesca, coleta de castanha, guaraná, açaí e timbó (usado na medicinal natural), são alguns dos muitos produtos que movimentam a economia das comunidades indígenas. Além disso, há um grande potencial de recursos pesqueiros, que abrem uma ótima oportunidade para o turismo do ‘pesque e solte’ naqueles territórios”, afirma Francisco.
Pergunta: Quais os principais projetos que contam com apoio da CR Manaus?
Francisco de Sousa durante a reinauguração do Centro de Documentação da CR Manaus
Resposta: De muitos projetos desenvolvidos pelas diversas etnias aqui no Amazonas, eu destacaria o manejo de pesca do pirarucu na Terra Indígena Itixi Mitari. No baixo Rio Purus, a economia sustentável beneficia 120 famílias das etnias Mura e Apurinã. Outro exemplo é a coleta de castanha na Terra Indígena Nhamundá. O projeto recebe apoio da Funai na aquisição de combustível destinado à coleta e escoamento da produção, e também com assessoria técnica dos servidores da Coordenação Regional. Cerca de 90 famílias são beneficiadas com esse projeto”, relata Francisco de Sousa.
Pergunta: Como têm sido as ações de prevenção ao contágio do coronavírus nas aldeias?
Resposta: “Uma de nossas primeiras medidas da CR de Manaus foi orientar as lideranças indígenas sobre a importância do isolamento social e a proibição da entrada de não indígenas nas aldeias. Também estabelecemos um Plano de Trabalho voltado para a distribuição de cestas básicas às populações indígenas aldeadas”.
“Nossa atuação é feita em parceria com a Fundação Estadual do Índio (FEI) e o Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus e de Parintins (DSEI), por meios das nossas nove Coordenações Técnicas Locais. Também iniciamos a elaboração dos Planos de Trabalho para o atendimento aos mutirões sociais realizados nos barcos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e do Governo do Estado do Amazonas’, completa Francisco de Souza.
Assessoria de Comunicação / Funai
Com informações da CR Manaus
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