Foto: Matheus Araújo/Funai

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Apauta indígena foi um dos temas do I Curso sobre Diplomacia Amazônica para Jovens Diplomatas dos Países-Membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O assunto foi abordado nesta quarta-feira (2) pela presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, durante o evento, que é organizado pelo Instituto Rio Branco em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com o apoio da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag).

O Ministério das Relações Exteriores deu início ao curso em 31 de julho. As discussões seguem até quinta-feira (3). A iniciativa insere-se no contexto da realização da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), em 8 e 9 de agosto, e da prioridade conferida pela política externa brasileira à Amazônia.

Os painéis contam com participação de autoridades governamentais e de organizações internacionais, além de representantes da academia. Participam do curso diplomatas em formação das capitais de todos os países membros da OTCA; alunos de graduação e pós-graduação de áreas de estudo e pesquisa relacionados com o tema da Universidade de Brasília (UnB); bem como funcionários e lideranças de órgãos e agências de governo, ademais de representantes da Sociedade Civil.

A presidenta da Funai participou do painel “A dimensão humana na Amazônia”, com moderação da secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiaveli. Também integraram as discussões o secretário especial de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, e a secretária de Direitos Ambientais e Territoriais Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eunice Kerexu.

Foi abordado o papel da Funai na defesa e promoção dos direitos dos povos indígenas, a contribuição dos povos indígenas e de seus conhecimentos tradicionais para a conservação e uso sustentável da Amazônia, assim como as possibilidades de cooperação entre os países amazônicos.

“Esta é a primeira vez na história do Estado Brasileiro que temos indígenas na gestão das políticas públicas, o que é muito desafiador para nós porque precisamos reconstruir as instituições. A Funai foi sucateada, teve seu orçamento reduzido e atividades suspensas. Ainda estamos sofrendo as consequências disso. Agora estamos juntando esforços para reverter essa situação. A Funai é uma instituição estratégica para a proteção dos povos indígenas, por isso a necessidade de trabalharmos para reestruturá-la e fortalecê-la. Precisamos cumprir o que consta nas normas constitucionais“, ressaltou Joenia.

O curso busca promover reflexão entre os jovens diplomatas da região sobre elementos para uma diplomacia amazônica dinâmica e cooperativa, estruturada nos vetores de atuação da OTCA, além de fomentar a cooperação entre as academias diplomáticas dos países amazônicos em tema de importância estratégica para a região.

O programa do evento é composto por 7 painéis, sobre os seguintes temas: i) Diplomacia Amazônica; ii) Perspectivas para a Cooperação Regional na Amazônia; iii) Cooperação para Prevenção e Combate aos Crimes Ambientais; iv) Diplomacia para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia; v) Bioeconomia e Biodiversidade; vi) Dimensão Humana na Amazônia; vii) Mecanismos de Incentivo e de Financiamento para o Desenvolvimento Regional Sustentável na Amazônia.

Assessoria de Comunicação / Funai

Com informações do Ministério das Relações ExterioresCategoria

Educação e Pesquisa

Tags: questões indígenasdiplomaciaAmazôniapolíticas públicas

Gonte: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2023/curso-para-jovens-diplomatas-dos-paises-membros-da-otca-aborda-questoes-indigenas

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