Lançado na segunda-feira (14) pela produtora Brasil Paralelo, o documentário Cortina de Fumaça ressalta, entre outros temas, a busca de comunidades indígenas por autonomia e melhores condições de vida por meio do desenvolvimento sustentável nas aldeias. O filme traz o exemplo da etnia Paresi, que se destaca pelo plantio de grãos no Centro-Oeste no país, e conta também com a participação do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier.

“Temos uma capacidade e uma potencialidade muito grandes nas Terras Indígenas. Os Paresi, por exemplo, estão há muito tempo nesse processo de produção de grãos”, pontua Xavier. De maneira autônoma, com o cultivo de alimentos como soja, feijão e milho, os Paresi faturam em média R$ 20 milhões ao ano, beneficiando cerca de 3 mil indígenas. Hoje, eles plantam cerca de 20 mil hectares de lavouras mecanizadas, que correspondem a apenas 1,7% da área total de duas Terras Indígenas – Utiariti e Paresi.

“Hoje, se você andar nas aldeias que possuem lavoura mecanizada, todos elas têm casa boa, têm comida, têm estudo. Antes disso era tudo diferente, nós perdíamos pessoas porque não tínhamos dinheiro para pagar cirurgia, comprar medicamentos. Nós não tínhamos recurso nem para comprar alimentos. Hoje, após muita luta, nós estamos vencendo”, destaca Tarcilo Zomoizokae, produtor indígena Paresi.

“Os indígenas têm as mesmas possibilidades e sonhos como qualquer outro brasileiro. E o indígena não deixa de ser índio porque busca melhores condições de vida”, completou o presidente da Funai. Nos últimos dois anos, a fundação investiu cerca de R$ 30 milhões em projetos voltados à geração de renda nas comunidades, atendendo aos preceitos constitucionais de respeito aos usos e costumes de cada etnia, sempre com foco na autonomia indígena, sem intermediários.

O documentário apresenta uma visão inédita sobre meio ambiente no Brasil, abordando mitos e verdades sobre a questão produtiva nacional. O potencial da agricultura brasileira é mostrado por meio de histórias contadas por diversas personalidades, como o agrônomo Alysson Paulinelli, indicado ao Prêmio Nobel da Paz por sua contribuição para a ampliação da fronteira agrícola no país.

O filme aborda também a questão das queimadas e do desmatamento na Amazônia, infanticídio indígena e atuação de organizações não governamentais (ONGs) ambientalistas. Entre os entrevistados está ainda a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, além representantes de comunidades indígenas. Confira o documentário completo aqui.

Assessoria de Comunicação/Funai

Agricultura e Pecuária

 

 

Fonte: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2021/documentario-destaca-importancia-do-desenvolvimento-sustentavel-para-a-autonomia-indigena

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