O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participaram na sexta-feira (20), em Cuiabá (MT), de uma reunião na Sede da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Mato Grosso. Na pauta, o apoio a projetos de educação profissionalizante para indígenas, entre outras propostas voltadas ao desenvolvimento das comunidades do estado.

Estiveram presentes também o senador Wellington Fagundes (PL/MT), o pró-reitor do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Marcus Taques, além da liderança Paresi Arnaldo Zunizakae, entre outros líderes da mesma etnia e também representantes das comunidades Manoki e Nambikwara. Na ocasião, os indígenas solicitaram apoio para a construção de um centro de formação técnica dentro da área indígena, pedido que já havia sido feito ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, durante o Dia de Campo do Seminário Regional Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade, etapa Centro-Oeste, ocorrido na quinta-feira (19).

“Quem tem que dizer o que deseja fazer dentro da aldeia são os próprios indígenas, pois eles têm o usufruto exclusivo da área. Não podemos impedi-los de exercer o próprio protagonismo. E nada mais justo do que criar uma escola técnica indígena, para valorizar os conhecimentos das próprias comunidades, bem como agregar novas tecnologias sustentáveis. A Funai recebe diariamente inúmeros pedidos de etnodesenvolvimento e tem buscado, junto com as comunidades, parceiros para apoiar as diversas demandas”, comentou o presidente Marcelo Xavier.

Tarcísio de Freitas parabenizou a iniciativa das etnias na direção da formação profissional e da utilização da terra. “O indígena pode produzir e gerar renda em sua aldeia. E isso não significa, de forma nenhuma, abdicar das tradições e da cultura. Ele pode ser extremamente bem-sucedido no uso da terra, utilizando o potencial das áreas de seu usufruto para gerar prosperidade. E para isso se faz necessária uma formação tecnológica e profissional customizada à realidade indígena”, destacou o ministro da Infraestrutura.

Os indígenas Paresi cultivam aproximadamente 18 mil hectares de grãos e movimentam anualmente cerca de R$ 50 milhões. A plantação ocupa menos de 2% do território e ocorre em locais já antropizados. “Na nossa comunidade, a agricultura fixou os indígenas na terra e reduziu a mortalidade que tínhamos devido à desnutrição por falta de alimento. Além disso, a geração de renda permitiu melhorar nossa qualidade de vida em diversos aspectos, como saúde, educação e moradia”, ressaltou Arnaldo.

“Nós precisamos hoje de pessoas qualificadas para os trabalhos, por isso viemos buscar apoio para o centro de formação técnica voltado à capacitação dos próprios indígenas, para que nós mesmos possamos gerir nossas atividades e levar conhecimento para outras comunidades que desejam se desenvolver”, acrescentou a liderança Paresi. Nesse sentido, o pró-reitor do IFMT salientou que o instituto quer avançar na oferta de cursos dentro das aldeias. “O IFMT se coloca à disposição para novas parcerias junto com as comunidades indígenas”, frisou Marcus Taques.

Assessoria de Comunicação/Funai

 

Fonte: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2021/em-cuiaba-presidente-da-funai-e-ministro-da-infraestrutura-participam-de-reuniao-para-discutir-apoio-ao-desenvolvimento-de-comunidades-do-mato-grosso