Neste especial Copa do Mundo, a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresentará fatos e curiosidades sobre indígenas e etnias que tenham relação com o futebol. Um dos mais conhecidos jogadores da história do esporte brasileiro, Garrincha era descendente direto de uma comunidade do agreste pernambucano e alagoano. Seu pai, Amaro Francisco dos Santos, era indígena da etnia Fulni-ô, da cidade de Quebrangulo (AL).

Aos 26 anos, Amaro foi para o Rio de Janeiro em um intenso fluxo migratório da região para o Sudeste do Brasil. De lá, mudou-se com a família para Pau Grande (RJ), onde conseguiu emprego em uma fábrica de tecidos. Foi lá que nasceu o jogador.

Segundo as crenças dos Fulni-ô, Garrincha não poderia ser considerado um representante da etnia. Isso porque só podem ser considerados integrantes do grupo pessoas que acompanham o ritual sagrado Ouricuri, falam yaathe (ou ia-tê, a língua nativa da etnia) e que viveram na aldeia.

Atualmente, existem aldeias Fulni-ô apenas em Pernambuco, próximo à cidade de Águas Belas. A Coordenação Regional Baixo São Francisco é a unidade descentralizada da Fundação na região que atua junto aos Fulni-ô, além de outros indígenas das etnias Atikum, Kaimbé, Kambiwá, Kapinawá, Kariri-Xocó, Kiriri, Pankaiwka, Pankararé, Pankararu, Payayá, Potiguara, Pankaru, Tapuia, Truká, Tumbalalá, Tuxá, Tuxi, Xacriabá e Xukuru-Kariri. Criada em 2012, a unidade é responsável por coordenar e monitorar a implementação de ações de proteção e promoção dos direitos de indígenas dos estados da Bahia e Pernambuco.

Sobre Garrincha

Manoel Francisco dos Santos, ou o anjo de pernas tortas, como era chamado, começou a carreira no Botafogo em 1953, equipe que defendeu até 1965. No time, conquistou diversos títulos: campeão carioca (1957, 1961 e 1962), do Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966). Garrincha foi peça essencial nas Seleções Brasileiras de 1958 e 1962, que conquistaram, respectivamente, as Copas da Suécia e do Chile. Nascido em 28 de outubro de 1933, Garrincha foi um dos principais jogadores da história do futebol brasileiro e é tido até hoje como o maior driblador de todos os tempos.

Assessoria de Comunicação/FunaiCategoria

Cultura, Artes, História e Esportes

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Fonte: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2022-02/especial-da-copa-garrincha-era-descendente-de-indigenas-da-etnia-fulni-o

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