Foto: Lohana Chaves/Funai
Apresidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, destacou o papel central da instituição como articuladora de políticas públicas voltadas aos povos indígenas. Foi nesta sexta-feira (22) durante oficina realizada no Instituto Insikiran, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista (RR).
O evento reuniu representantes de instituições como o Ministério da Educação (MEC), a UFRR, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Instituto Federal de Roraima (IFRR), o Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI). O foco da atividade foi o fortalecimento da educação escolar indígena e o retorno das atividades escolares na Terra Indígena Yanomami (TIY). Também participaram da oficina o coordenador de Processos Educativos da Funai, André Ramos, e o servidor Diogo Gomes.
Joenia enfatizou que a atuação da Funai vai além da demarcação e proteção de terras indígenas, assumindo a responsabilidade de integrar diferentes órgãos e instituições para garantir a implementação de políticas públicas que atendam às necessidades das comunidades indígenas.
“Nosso papel é promover a articulação das políticas indigenistas, unindo parcerias e facilitando trâmites para que ações essenciais, como a retomada da educação escolar indígena e a segurança alimentar, sejam realizadas de forma eficiente e alinhada às especificidades culturais dos povos indígenas”, destacou Joenia.
Nosso papel é promover a articulação das políticas indigenistas, unindo parcerias e facilitando trâmites para que ações essenciais, como a retomada da educação escolar indígena e a segurança alimentar, sejam realizadas de forma eficiente e alinhada às especificidades culturais dos povos indígenas
Joenia Wapichana, presidenta da Funai
Ações educacionais e de segurança alimentar
A oficina faz parte de uma iniciativa do Governo Federal que inclui o investimento de R$ 32 milhões do Ministério da Educação para a construção de escolas e formação de professores na Terra Indígena Yanomami. Além disso, a Funai, em parceria com a UFMG, o IFRR, o IFAM e a UFRR, conta com um investimento de aproximadamente R$ 8 milhões para a produção e construção de espaços comunitários de saberes.
Essas ações envolvem não apenas a construção desses espaços, mas também a realização de ações educativas já em andamento no território Yanomami. As iniciativas estão alinhadas com projetos de arranjos produtivos e garantia da segurança alimentar conduzidos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e demais parceiros. O objetivo é contribuir para a promoção da segurança alimentar e o fortalecimento das comunidades indígenas.
“A educação indígena é muito mais do que um direito garantido. É uma estratégia integrada que abrange desde a formação até a promoção da dignidade e do bem-estar nas comunidades. A merenda escolar, por exemplo, vai além da alimentação: é parte essencial para garantir que as crianças estejam na escola e tenham as condições adequadas para aprender e se desenvolver”, afirmou a presidenta da Funai.
Ações como essa demonstram a capacidade de articulação entre diferentes esferas de governo, organizações, associações indígenas e comunidades locais. O planejamento e a colaboração entre as partes envolvidas são fundamentais para o sucesso das iniciativas voltadas aos povos indígenas.
Com ações integradas e o fortalecimento do diálogo entre povos indígenas e as instituições, a Funai reafirma seu compromisso em assegurar que as políticas públicas atendam às demandas das comunidades indígenas, promovendo educação de qualidade, segurança alimentar e dignidade para os povos da Terra Indígena Yanomami.
Assessoria de Comunicação/Funai
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