O Coordenador Regional de Alto Solimões, Jorge Gerson Baruf, falou sobre as ações de prevenção à Covid-19 em parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), os projetos de etnodesenvolvimento e as principais atividades da Coordenação que atende 350 aldeias. São cerca de 80 mil índios, uma das maiores populações indígenas do país.
Pergunta: Quais são as ações CR Alto Solimões em relação à prevenção da Covid-19 nas aldeias?
Resposta: As ações de enfrentamento realizadas pela CR Alto Solimões, em parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), incluem a utilização de material informativo na língua Ticuna, maior etnia do país; uso dos autofalantes das aldeias para informar sobre os cuidados de prevenção; orientação para as lideranças das aldeias pedindo para que os indígenas não saiam de suas comunidades, evitem aglomerações e não permitam a entrada de pessoas que não pertença às suas aldeias.
Pergunta: Quais são as principais atividades da CR Alto Solimões atualmente?
Resposta: apoio aos projetos de geração de renda para os produtores das comunidades Umariaçu I e II para entrega da produção de suas roças ao Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM); aos projetos de geração de renda da Associação de Mulheres Indígenas de Tabatinga-AM, Conselho dos Povos Indígenas de Jutaí-AM para entrega da produção das roças para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Criação do Plano de Emergência para Covid-19 da CR Alto Solimões; Criação do Plano de distribuição das Cestas básicas em parceria com a Conab, prefeituras, Marinha e Exército a fim de atender as necessidades de mais de 350 aldeias, aproximadamente 80 mil indígenas.
Também iniciamos o processo de aquisição direta de alimentos da agricultura indígena, para distribuição nas comunidades, visando a segurança alimentar e a geração de renda para os indígenas, considerando a necessidade de reduzir a circulação deles nas cidades. Outra atividade para gerar renda é a contratação de indígenas que trabalham com corte e costura, para a confecção de máscaras de tecido, para serem distribuídas nas comunidades.
Pergunta: Quais são os principais projetos de etnodesenvolvimento que contam com apoio da CR?
Resposta: Os projetos de apoio ao manejo de recursos pesqueiros em São Paulo de Olivença e Jutaí; o de acompanhamento e promoção do acesso dos agricultores indígenas à comercialização de produtos para o PNAE e o Programa de Aquisição de Alimentos PAA em Tabatinga, Jutaí, Tonantins e Benjamin Constant; as oficinas de agroecológicas sobre soberania alimentar e medicina tradicional junto aos povos Madja-Kulina, Kanamari, Katukina e Tikunas; e também projeto de turismo de base comunitária em Uarini.
Pergunta: Quais os pontos que o Sr. gostaria de destacar da sua gestão?
Resposta: Destaco a quantidade expressiva de caciques e cacicas que estiveram em audiência comigo para expressar suas necessidades, apresentar projetos, preocupações e empenhar apoio a uma nova administração. Saliento a capacidade de reação da equipe de servidores da CR AS, que, valente, avança apesar das imensas dificuldades. Quero pontuar também as nossas articulações com diversos órgãos, federais, estaduais e municipais, em especial a Fundação Estadual do Índio (FEI) e a Conab Manaus-AM.
Pergunta: Quais os desafios enfrentados pela CR Alto Solimões?
Resposta: Os desafios atuais são, praticamente, os mesmos do passado e que serão, provavelmente, os mesmos do futuro. Tais como a área geográfica imensa cujo o acesso às comunidades indígenas sendo quase todo realizado por meio de embarcações. As distâncias entre CR, Coordenações Técnicas Locais e as comunidades indígenas medidas não em quilômetros, mas em potência de motor, horas e dias para o acesso.
Assessoria de Comunicação Social / Funai
com informações da CR Alto Solimões
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