Ao falar sobre a importância de as populações originárias entenderem a participação nos ciclos vitais do ambiente que ocupam, André Elísio afirma que “durante as caminhadas, a troca de saberes entre as gerações resgata, preserva e valoriza a língua Tupi-Guarani”. Para Luan Elísio, outro indígena à frente do projeto, “é a oportunidade de os anciãos relembrarem caminhos que já haviam percorrido no passado e que há tempo não percorriam. Os jovens podem aprender com os mais velhos sobre plantas medicinais, animais e locais sagrados, além dos conhecimentos sobre o solo e o relevo da região”, ressalta.
Na apresentação da segunda edição do projeto ao coordenador regional, Roberto Cortez de Sousa, os jovens indígenas relataram demandas urgentes identificadas nas caminhadas, como ocupações irregulares, sinalização precária, poluição das nascentes dos rios e o risco de atropelamento na Rodovia SP-55, que passa na Terra Indígena Piaçaguera. Cortez elogiou a iniciativa e a proatividade das jovens lideranças e assegurou que as propostas de continuidade do projeto serão analisadas pela área técnica da Funai.
A primeira edição do projeto Tapé Mirim Rupi, realizada em 2019, contou com o suporte técnico da Funai, por meio da Coordenação Regional do Litoral Sudeste, e com recursos financeiros do Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado de São Paulo.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da Coordenação Regional Litoral Sudeste
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