A empresa mantém um projeto para explorar petróleo na costa do território francês que pode causar graves danos ao recife dos Corais da Amazônia observados na região

Não basta para a Total buscar por petróleo e ameaçar o recife dos Corais da Amazônia na costa do Brasil. A ganância da empresa é tanta que ela está busca perfurar também um poço na costa da Guiana Francesa. Este poço está a mais de 2 mil metros de profundidade e a 150 km da costa.

Assim como no projeto brasileiro, um vazamento de óleo ali ameaçaria o recife dos Corais da Amazônia, que também existe no mar daquele país. Em maio, nossa expedição com o navio Esperanza mostrou pela primeira vez imagens de corais e esponjas-do-mar na região da Guiana Francesa, provando que o ecossistema se estende para além das águas do Brasil. Essa notícia deixa claro que os Corais da Amazônia escondem ainda muitos segredos a serem revelados. Pesquisadores afirmam que muito pouco do recife é conhecido e que nele podem existir espécies de peixes, esponjas-do-mar e até bactérias ainda desconhecidas pela ciência.

Mas, antes do nosso anúncio, a própria Total já tinha reconhecido a presença do recife em águas da Guiana Francesa, segundo seu Estudo de Impacto Ambiental (EIA). E, como sempre, a empresa insiste em começar uma atividade que irá colocar em risco o bem-estar do recife e de comunidades que habitam a costa.

Imagens captadas do submarino dos Corais da Amazônia. Pesquisadores acreditam que o recife abriga espécies ainda desconhecidas pela ciência. © Greenpeace
Imagens captadas do submarino dos Corais da Amazônia. Neste sábado, 28 de janeiro, o submarino foi lançado do navio Esperanza com o cientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Fabiano Thompson e Kenneth Jozeph Lowick, do Greenpeace da Bégica. Thompson liderou o grupo de cientistas que descobriu o recife de corais na foz do rio Amazonas. O lançamento do submarino envolveu grande parte da tripulação do navio.
Esperanza, um dos três navios do Greenpeace, está na região da foz do rio Amazonas, no Amapá, para a campanha “Defenda os Corais da Amazônia. O objetivo é observar debaixo d’água, pela primeira vez, os recifes de corais.

Atualmente, a empresa está em processo para obter a aprovação de seu licenciamento ambiental com o governo da Guiana Francesa. Até o dia 23 de agosto, foi aberta uma consulta pública para que a população tivesse a chance de dar sua opinião sobre o projeto.

A empresa diz que, em caso de um acidente no mar da Guiana Francesa, o equipamento para conter o óleo derramado vai demorar 30 dias para chegar até o local. Trinta dias! É um mês inteiro em que o petróleo vai se espalhar pelo mar, contaminando as águas e podendo matar peixes, tartarugas-marinhas, baleias e tantos outros animais que vivem ali. Também poderá atingir e causar danos irreparáveis ao recife dos Corais da Amazônia. E não para por aí. Um vazamento de petróleo é também uma ameaça à vida de muitas pessoas que dependem da pesca e, claro, de um oceano saudável para viver.

Uma “solução” que a Total considera para limpar o oceano, segundo a própria empresa, seria usar dispersantes químicos para conter o óleo. Só que o tipo de dispersante que a petrolífera planeja usar é tóxico para corais. Ou seja, não existe solução viável. A saída é não explorar petróleo para que não exista a possibilidade de um vazamento.

Aparentemente, a petrolífera não aprendeu nada desde que começou a tentar explorar a costa do Brasil. E continua com seus projetos arriscados que colocam o lucro na frente da natureza e das pessoas.

Fonte: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/a-ganancia-da-total-tambem-ameaca-os-mares-na-guiana-francesa/

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