Carta de Repúdio assinada pela União do Território Wayamu, denuncia que concessões florestais estão sendo realizadas em territórios onde tem a presença de povos em isolamento
Carta de Repúdio assinada pela União do Território Wayamu, denuncia que concessões florestais estão sendo realizadas em territórios onde tem a presença de povos indígenas que vivem em isolamento voluntário (registro em fase de estudos pela Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema-Funai), e que vai vulnerabilizar os recursos naturais essenciais para sobrevivência e autonomia desse povo. A carta também aponta que UMF 6a está no limite à área de amortecimento da TI Zo’é, onde vive o povo Zo’é de recente contato e vai comprometer a proteção do seu território e propiciar o aumento das ameaças a este povo e seus recursos naturais.
Pelo menos doze associações indígenas do Pará, Amapá e Roraima assinaram a carta destinada ao Governador do Pará, Helder Barbalho e ao presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto. No último dia 11 de agosto, após o encerramento da rodada de audiências públicas realizadas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – IDEFLOR-Bio nos municípios de Monte Alegre, Alenquer e Óbidos visando lançar o edital de licitação de concessão na modalidade concorrência para concessão florestal na Unidade de Conservação da Floresta Estadual do Paru em uma área de 94.388,82ha na Unidade de Manejo Florestal 5a e 124.632,59 há na UMF 6ª.
A União do Território Wayamu critica o governo do Estado do Pará, pela omissão às diversas denuncias de invasão das UCs no norte do Pará que fazem limites às TIs que compõem o Território Wayamu, e o por não respeitar as suas formas de organização, a consulta de forma livre, prévia e informada, na forma da lei, ao abrir esses territórios para exploração de terceiros.
Leia a carta: https://institutoiepe.org.br/wp-content/uploads/2023/08/Carta_de_Repudio_Wayamu.pdf
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