Por meio dos programas Bem Viver+ e Computadores para Inclusão, 235 máquinas já foram distribuídas nos territórios indígenas no MS desde o começo deste ano

(Foto: Agnaldo Cordeiro/MDHC)

Na manhã desta sexta-feira (25), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ (SLGBTQIA+), realizou a entrega de 160 computadores para comunidades indígenas dos povos Guarani-Kaiowá e Ñandeva. A ação é resultado de uma articulação do Programa Bem Viver+ em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom) e seu programa Computadores para Inclusão.

O ato aconteceu no 10º Encontro da Juventude Indígena Guarani-Kaiowá e Ñandeva, na Aldeia Ñanderu Marangatu, localizada no município de Antônio João, no sul do Mato Grosso do Sul, e contou com a presença de mais de 600 jovens de diversas comunidades indígenas de todo o estado. O evento, que encerra sua programação nesta sexta-feira, visa promover a articulação política de jovens indígenas, com ênfase no fortalecimento de sua identidade cultural e no diálogo direto com o Estado para a construção de políticas públicas efetivas.

Esta entrega faz parte de uma agenda construída com o Programa Bem Viver+, com o objetivo de atuar no enfrentamento da violência e promoção dos direitos humanos às pessoas LGBTQIA+ do campo, das águas e das florestas.

Fortalecimento político

De acordo com Germano Kaiowá Kunumi Poty Rendy’i, o encontro é um espaço de fortalecimento político, cultural e espiritual da juventude dos povos indígenas. “Reunimos jovens de várias comunidades para debater temas essenciais como território, educação, saúde, cultura e meio ambiente, sempre a partir da nossa perspectiva indígena”, explica.

A entrega contemplou 16 aldeias e organizações indígenas, sendo elas: Aty Jovem Guarani Kaiowá e Ñandeva, Aty Guasu – Grande Assembleia do Povo Guarani e Kaiowá, Kuñangue Aty Guasu, Aldeia Ñanderu Marangatu, Aldeia Rancho Jacaré, Aldeia Pirakua, Aldeia Arroio Kora, Aldeia Lima Campo, Aldeia Guaviry, Aldeia Guasuty, Aldeia Guaimbe, Aldeia Ypo’i, Aldeia Potrero, Aldeia Cerrito, Aldeia Jaguapire e Aldeia indígena Te’yikue.

Cada localidade recebeu 10 computadores, que serão alocados nos laboratórios de informática das escolas municipais e estaduais das comunidades para uso do corpo docente e discente, além de toda aldeia.

Até o momento, através do MDHC e do MCom, já foram entregues 235 computadores nos territórios indígenas no Mato Grosso do Sul. A meta é promover ações de formação e capacitação nas comunidades atendidas e outras interessadas, como parte do processo de inclusão no mundo digital.

Computadores para Inclusão e Bem Viver+

O Programa Computadores para Inclusão tem como objetivo apoiar e viabilizar iniciativas de promoção da inclusão digital. Até o final 2025, o propósito da iniciativa é doar um total de 75 mil computadores. As metas deste ano também envolvem a formação de mais 11 mil jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social em cursos relacionados a tecnologias da informação e comunicação, assim como a doação de ao menos 20 mil computadores recondicionados.

Para o chefe de gabinete da SLGBTQIA+, Alessandro Mariano, a ação reforça o compromisso do governo federal com a promoção de direitos para pessoas LGBTQIA+, a diversidade e a inclusão. “O Bem Viver+ é uma resposta concreta às demandas das juventudes LGBTQIA+ dos territórios indígenas e periféricos. Ela nasce do compromisso interministerial de garantir dignidade, saúde integral, segurança e participação social para quem historicamente foi invisibilizado”, explicou.

Promovido pelo MDHC, Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e Ministério da Igualdade Racial (MIR), o Bem Viver+ foi instituído pela Portaria Interministerial 1, de 3 de dezembro de 2024, e é executado via Termo de Execução Descentralizada (TED) com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Desde o ano passado, o Bem Viver+ vem sendo implementado em territórios indígenas do povo Guarani-Kaiowá, em Mato Grosso do Sul, em parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania do Mato Grosso do Sul e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), com foco no mapeamento de violações de direitos, na construção de diagnósticos participativos e na execução de ações integradas de proteção, autocuidado e conscientização entre pares.

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Texto: W.L.

Edição: F.T.

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Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2025/julho/mdhc-e-mcom-realizam-entrega-de-160-computadores-para-indigenas-guarani-kaiowa-e-nandeva-no-mato-grosso-do-sul