Iniciada na Casai no sábado (25), a imunização dos povos continua nos próximos meses, com perspectivas de chegar às regiões de Surucucu, Auaris, Waputha, Missão Catrimani, Maloca Paapiú e Kataroa

Foto: Divulgação

OMinistério da Saúde iniciou, no último sábado (25), a vacinação dos indígenas Yanomami, na Casa de Apoio à Saúde (Casai) de Boa Vista, Roraima. Foram 75 pessoas imunizadas pelas equipes de saúde no primeiro dia da ação que se estende ao longo das próximas semanas na Casai. Além disso, o movimento avançará, a partir de março, para os polos-base de saúde do território Yanomami, oferecendo a imunização de rotina do Calendário Nacional de Vacinação e com as vacinas contra a Covid-19.

Enquanto isso, o atendimento dos indígenas acolhidos na Casai será dividido de acordo com as comunidades de origem. A meta desse primeiro momento é garantir que pelo menos as crianças menores de 5 anos tenham a oportunidade de serem vacinadas na Casai, alcançando a cobertura desejável.

Antes de serem vacinados, adultos e crianças passam por uma triagem para avaliação do estado de saúde e levantamento de quais vacinas precisam receber. O cenário da Casai é diferente do vivenciado em uma Unidade Básica de Saúde urbana. No espaço, há vários povos indígenas e a vacinação não pode ocorrer no mesmo momento. Além disso, há o respeito à divisão do tempo e às diferenças culturais da população que está no local.

No caso das pessoas que receberem alta antes da convocação para imunização, haverá a oferta de vacinação no território. A perspectiva é começar a ação ainda em março, com previsão de serem aplicadas pelo menos 3,3 mil doses dos 20 tipos de imunobiológicos disponibilizados pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI). Essas atividades devem se estender pelos próximos meses.

Confira o quantitativo de doses enviado por polo-base:

  • Polo de Surucucu e Kataroa: 1,4 mil doses;
  • Maloca Paapiú: 246 doses;
  • Polo de Auaris: 1,1 mil doses;
  • Waputha: 401 doses;
  • Missão Catrimani: 130 doses.

A ação do Ministério da Saúde é realizada em articulação com lideranças indígenas. Para isso, na última semana, o Centro de Operações de Emergência (COE) se reuniu com a Associação Hutukara que realizou uma transmissão radiofônica para comunicar sobre o início da campanha no território, além de destacar a importância da vacinação.

O vice-presidente da associação Hutukara, Dário Kopenawa, também participou de uma roda de conversa com os indígenas acolhidos na Casai para explicar a importância de atualizar o cartão vacinal de todos, em especial das crianças. É esperado que essas iniciativas ajudem a aumentar a adesão à imunização e, consequentemente, elevar as coberturas vacinais.

Ministério da Saúde

Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/confira-como-sera-o-plano-de-vacinacao-dos-indigenas-no-territorio-yanomami

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