Houve redução de 7% no número de casos em 2021, em comparação com 2020; para 2022 espera-se nova queda

A malária é uma doença infecciosa, que causa sintomas como febre alta, náuseas, tremores e dor de cabeça, e afeta indígenas atendidos por 21 Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Em função do número de casos registrados no Dsei Yanomami, houve forte mobilização do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai/MS), com os estados do Amazonas e de Roraima, no sentido de intensificar as ações desenvolvidas nesse território.

Foram realizadas atividades de capacitação dos profissionais locais para fortalecer a vigilância epidemiológica, gestão de insumos, controle vetorial, diagnóstico e tratamento dos indígenas. As capacitações ocorreram em Brasília, em 2020, e em Boa Vista, em 2021 e 2022.

Também foi elaborado um “Plano de Ação Emergencial” para o controle da malária, que priorizou os polos base Alto Mucajaí, Auaris e Marari. O Distrito Sanitário, juntamente com os municípios de Barcelos (AM) e Caracaraí (RR), desenvolveu articulações para a execução de ações conjuntas de controle da malária nos polos base Baixo Catrimani, Marauiá e Missão Catrimani.

O Ministério da Saúde adquiriu equipamentos e insumos imprescindíveis para o diagnóstico, além de testes rápidos do nível central. Entre janeiro e novembro de 2022, quando comparado com o ano anterior, houve um aumento de mais de 13% na realização de exames diagnósticos, passando de 73 mil para 82 mil.

De acordo com o técnico Lucas Felipe Oliveira, a Pasta não tem medido esforços para que haja qualificação e melhoria do controle da malária no Dsei Yanomami. “Destaca-se também que, de 2020 a novembro de 2022, foram enviados ao Dsei Yanomami 489.840 comprimidos de Artemeter + Lumefantrina, 1.129 ampolas de artesunato injetável, 70.710 comprimidos de artesunato + mefloquina, 484.500 comprimidos de cloroquina e 1.093.601 comprimidos de primaquina para a realização do tratamento. Já para o controle vetorial, foram entregues 920 cargas de etofenprox, 457 litros de lambdacialotrina e 6.700 Mosquiteiros Impregnados com Inseticida de Longa Duração (MILD), nesse mesmo período”, relata Lucas.

Ele ressalta, ainda, que houve redução de 7% no número de casos em 2021, em comparação com o ano de 2020. Para o ano de 2022 espera-se nova queda nos casos, considerando-se que há diminuição de 46% no número de casos no território Yanomami em comparação com o número de casos de 2021. “Obviamente trata-se de dados preliminares, mas animadores, em relação à realidade encontrada em outros anos”, destaca.

Diminuição progressiva desde 2020

A meta de redução de 35% nos casos de malária, em comparação com o ano de 2018, estabelecida no Plano Distrital de Saúde Indígena (PDSI) para o período 2020 – 2023, foi atingida em quatro Distritos Sanitários Especiais Indígenas endêmicos para a doença em 2021. São eles: Alto Rio Purus, Amapá e Norte do Pará, Manaus e Maranhão.

Outros cinco distritos atingiram a meta de redução em pelo menos 20%, estabelecida para o ano de 2021: Alto Rio Juruá, Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Guamá-Tocantins e Vale do Javari.

Ministério da SaúdeCategoria

Saúde e Vigilância Sanitária

Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/dezembro/desde-2020-saude-registra-diminuicao-progressiva-de-casos-de-malaria-em-terras-indigenas-confira-as-acoes

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