Evento contou com mais de 70 participantes, entre líderes indígenas, profissionais da saúde e instituições parceiras da saúde indígena de diferentes regiões do Brasil
– Foto: Sesai/MS
OMinistério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), com apoio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), realizou, nos dias 7 e 8 de fevereiro, a Oficina da Saúde Indígena do Futuro, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília. A programação foi composta por escuta diagnóstica e proposições dos participantes, com o objetivo de construir uma proposta de médio e longo prazo para a saúde indígena, além de promover a integração dos representantes das instituições e a divisão de grupos de trabalho para discussões, elaboração e apresentação de propostas.
O evento contou com mais de 70 participantes, entre líderes indígenas, profissionais da saúde e representantes de instituições parceiras da saúde indígena de diferentes regiões do Brasil.
Para o secretário substituto da SESAI, Nelson Soares Filho, é fundamental um debate integrado para que se tenha resultados positivos das propostas. “Essas discussões são muito importantes de serem realizadas para que possa ocorrer a nossa participação conjunta e a construção de novas diretrizes para a saúde indígena”, disse.
A diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena (DAPSI) da SESAI, Carmem Pankararu, destacou que é preciso discutir a especificidade dos povos e fortalecer a atenção primária à saúde em um contexto intercultural para que a população se sinta parte da construção de saúde.
“A gente pensa em saúde sempre do ponto de vista da atenção do médico, da enfermeira, do medicamento, mas é importante saber que toda a população que vivem em seus territórios são aqueles que sabem fazer uso das plantas medicinais e que sabem orientar a sua comunidade no uso da medicação tirada da própria floresta. Pensar a saúde é a partir desse contexto, em que os povos indígenas sejam ouvidos para que possam contribuir nessa construção de uma política de saúde realmente diferenciada que atenda essas especificidades entre as culturas”, completou.
Para o diretor do Departamento de Gestão do Cuidado Integral da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Marcos Pedrosa, é preciso garantir que o cuidado dos indígenas seja ofertado de forma integral, considerando as práticas transculturais. “As especializações em saúde indígena têm sido oferecidas nas universidades, em conjunto com atividades de extensão universitária e de pesquisa. É um dos desafios ao pensar o futuro, qualificar a atuação dos trabalhadores no desenvolvimento destas competências”, ressaltou.
Participações
A Oficina da Saúde Indígena do Futuro contou com representantes de instituições indígenas e indigenista de diferentes regiões do Brasil, bem como de parceiros do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais CESIPT/SESPA; Grupo Especial de Supervisão (GES) do Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB); Conselho Indigenista Missionário (CIMI); Sindicato Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras da Saúde Indígena (SINDCOPSI); e Projeto Zoé.
Também participaram da oficina representantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Universidade Federal de São Carlos (Ufscar); Universidade Estadual do Pará (UEPA); Universidade Federal do Amapá (Unifap); Universidade de Brasília (UnB); Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC); dentre outras instituições.
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Saúde e Vigilância Sanitária
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