Sesai/MS promove oficinas para qualificação de atividades nas Casas de Saúde Indígena.
Encontro técnico informa sobre as novas ações a serem realizadas para melhoria da atenção dentro das CASAIs
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai-MS) realiza até o final do ano, em diversas localidades do país, encontros técnicos para implantação dos protocolos de acesso às Casas de Saúde Indígena (CASAI). O objetivo é qualificar profissionais dos Distritos Especiais de Saúde Indígenas (DSEIs) para o atendimento da população indígena que necessita de atendimento de média e alta complexidade, e que precisam de atenção especial dentro da CASAI.
No último mês, o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Kayapó Pará, em Redenção (PA), recebeu o encontro técnico que informou sobre as novas ações a serem realizadas para melhoria da atenção dentro das CASAIs. Nos últimos dois anos, outros DSEIs também foram contemplados por esta agenda (Cuiabá-MT, Manaus-AM, Alto Rio Purus-AM, Alto Rio Juruá-AC, Leste Roraima e Guamá-Tocantins-PA), que é coordenada pelo Departamento de Atenção à Saúde da Sesai/MS por meio da Divisão de Programas e Projetos de Saúde Indígena (DIPROSI).
A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI) instituiu a CASAI como um estabelecimento que presta apoio ao paciente indígena que necessita de atendimento de média e alta complexidade, no município de referência. Há, portanto, a necessidade de construção de diretrizes que norteiam esse serviço, de forma que elas sejam regulamentadas.
Um dos objetivos para a melhoria do atendimento é a implantação dos Protocolos de acesso nas CASAIs. Esse documento servirá como guia para o trabalho dos profissionais da saúde indígena no encaminhamento de pacientes indígenas da aldeia para os Polos base e consequentemente para a CASAI.
Segundo equipe técnica da DIPROSI/DASI/SESAI/MS, o protocolo vai aumentar a resolutividade na atenção primária nas aldeias e ainda diminuir os encaminhamentos desnecessários e reduzir a demanda reprimida para serviços de especialidades.
O documento regulamenta o acesso as serviços, organiza os fluxos de atendimento e o processo de trabalho nessas unidades de referências SasiSUS (Subsistema de Saúde Indígena do SUS). Resumidamente, respondem a duas questões principais: se o paciente tem indicação clínica para ser encaminhado ao serviço especializado e quais as situações de saúde cujos pacientes devem ter prioridade de acesso, por isso para implantação do protocolo nos diferentes territórios é necessário uma discussão que envolva as equipes e a rede de saúde para construção deste instrumento preconizado pela Sesai/MS.
Grupo de Trabalho
Para qualificar ainda mais o atendimento nesses estabelecimentos de saúde por todo o país, a Sesai-MS criou no último mês, um Grupo de Trabalho (GT) que tem a finalidade de elaborar um estudo técnico para otimizar as atribuições de cada CASAI.
O GT é composto por profissionais da Sesai/MS que já trabalharam ou conhecem a realidade e rotina da unidade de saúde, e conta com a participação de representantes do Controle Social. Atualmente, são 68 Casas de Saúde Indígena sob gestão dos 34 DSEIs, prestando atendimento a mais de 770 mil indígenas brasileiros.
CASAI
As Casas de Saúde Indígenas são unidades de saúde localizadas em municípios de referência dos Distritos. São responsáveis pelo apoio, acolhimento e assistência aos indígenas referenciados à Rede de Serviços do SUS para realização de ações de atenção especializada e ações complementares de atenção básica.
Por Tiago Pegon, do Nucom Sesai
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