Foto: Leo Bark/Secom-PGR

Imagens de autoria do fotógrafo Leonardo Prado podem ser conferidas até 19 de maio no Memorial MPF, em Brasília

Nossa diferença é nossa riqueza. Com esse título, o Memorial do Ministério Público Federal inaugurou nessa terça-feira (18) mostra fotográfica em homenagem aos povos indígenas. Com 12 imagens de autoria de Leonardo Prado (foto), a exposição faz parte da programação do Abril Indígena do MPF e registra povos indígenas de etnias como Avá-Guarani, Krahô, Kayapó, Tupinambá e outras em situações do cotidiano e retratos. Em cores ou em preto e branco, as imagens produzidas ao longo dos últimos 15 anos traduzem parte da riqueza cultural da sociedade brasileira. A curadoria é do antropólogo Jorge Bruno, da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF, e do Memorial MPF.

No evento de abertura, Prado contou que a exposição partiu de um acervo de mais de cinco mil imagens. Houve recorte inicial de 32 fotos, que depois foram reduzidas a 12 imagens em função do tamanho do espaço de exibição. Uma preocupação da seleção foi a de retratar os povos para além dos rótulos e modelos normalmente a eles associados. É possível conferir, por exemplo, a imagem de um jovem com adornos tradicionais e bermuda de surfista, outra que traz um indígena usando óculos e lanterna para produzir cestarias à noite. Numa outra foto, um homem posa com uma espingarda e com adornos tradicionais que reproduzem o símbolo de um famoso time de futebol.

Segundo Prado, a busca por um olhar livre dos clichês norteia sua produção como fotógrafo, especialmente nos trabalhos com povos indígenas. “Sempre que vou trabalhar com populações tradicionais ou comunidades indígenas, tento evitar ao máximo os estereótipos, porque eles invariavelmente reforçam algum tipo de preconceito”, explica. A intenção é produzir imagens que não sejam primitivistas nem retratem esses povos como alheios à cultura contemporânea. “A cultura é dinâmica. Ela se renova mesmo quando os povos não têm nenhum contato com a sociedade envolvente”, afirma.

De acordo com o antropólogo Jorge Bruno, a mostra tem a função de romper com os modelos idealizados e mostrar que os povos indígenas são povos da atualidade. “Eles têm problemas atuais e têm um jeito de viver que talvez não seja o mesmo jeito dos povos que estavam aqui em tempos anteriores, mas que continuam sendo formas tradicionais de viver”, explica. De acordo com ele, o passeio pelas fotografias revela como é possível manter a tradicionalidade e, ao mesmo tempo, se apropriar de elementos característicos de outras culturas. “A indianidade não tem a ver com isolamento geográfico ou cultural. Todos os povos, de uma forma ou de outra, estão em contato. Os povos indígenas também”, conclui.

Abril Indígena – A exposição Nossa Diferença é Nossa Riqueza fica aberta até 19 de maio e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, no espaço do Memorial MPF, na sede da PGR. O endereço é SAF Sul Quadra 4 Conjunto C, Brasília/DF.

A iniciativa faz parte do Abril Indígena, campanha anual do MPF com o objetivo de dar visibilidade aos direitos e garantias dos povos indígenas, discutir os problemas que afetam essas populações e mobilizar a atuação em defesa dos povos originários. A programação inclui eventos, debates, postagens nas redes sociais, série especial no programa de TV Interesse Público e um documentário sobre a atuação institucional em defesa dos povos Yanomami, em Roraima. Saiba mais. 

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Fonte: https://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/abril-indigena-exposicao-fotografica-retrata-povos-tradicionais-para-alem-dos-estereotipos

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