Diretora do projeto falou sobre o impacto das mudanças climáticas na vida dos povos tradicionais

“Os povos tradicionais são os que mais contribuem para a preservação da natureza e justamente aqueles que mais sofrem com as mudanças climáticas”. A afirmação da procuradora regional da República Sandra Kishi deu o tom para a exposição do Ministério Público Federal (MPF) na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP 27), no último sábado (12). Representando a Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR), Kishi participou virtualmente de painel do Euroclima sobre a inclusão das comunidades tradicionais nas políticas climáticas da ONU, em nível global, regional e local. A COP 27 acontece entre 6 e 18 de novembro, em Sharm El Sheikh, no Egito.

Um dos objetivos do evento foi debater os avanços de alguns países latino-americanos que fazem parte do programa Euroclima e têm promovido o fortalecimento da participação dos povos indígenas e tradicionais nas diretrizes da ONU sobre as mudanças climáticas. O programa reúne a União Europeia e os 18 países da América Latina na busca pela sustentabilidade ambiental. Na ocasião, a procuradora apresentou o Projeto Territórios Vivos, desenvolvido pelo MPF em parceria com a Rede de Povos e Comunidades Tradicionais (Rede PCT) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).

Diretora do Projeto no âmbito do MPF, Sandra Kishi enfatizou a importância da plataforma de georreferenciamento desenvolvida para reunir e disponibilizar, de forma acessível e interativa, informações de diversas fontes sobre as áreas autodeclaradas por povos e comunidades tradicionais do Brasil. “A ferramenta permite o registro da história das comunidades tradicionais pelas próprias comunidades. A partir de fatores biológicos, aspectos culturais e socioeconômicos, vai ajudar o Brasil no registro das comunidades como patrimônio histórico nacional da biodiversidade”, destacou.

A procuradora também lembrou a importância das conferências das Nações Unidas para promover a sinergia dos indicadores de mudanças climáticas com os indicadores da política de biodiversidade. Em dezembro, a ONU promoverá a Conferência de Biodiversidade (COP 15), no Canadá, onde líderes de todo o mundo se reunirão para chegar a um novo conjunto de metas pelo meio ambiente para a próxima década. Para Kishi, promover debates que criem uma congruência entra as duas temáticas é necessário, justamente por conta do modo de vida tradicional, holístico e integrado dos povos que conservam a natureza.

Territórios Vivos – A iniciativa busca apoiar e consolidar a Plataforma Territórios Tradicionais. Ela inclui, entre outras atividades, visitas de campo, cursos, oficinas e articulações com entidades civis e autoridades públicas para valorizar a consulta prévia, por meio da construção coletiva de protocolos comunitários, num espaço em que as comunidades tradicionais discutam e expressem como pretendem participar de decisões que afetam seu modo de vida.

A plataforma on-line tem governança própria, por meio de um conselho gestor formado por seis representantes de povos e comunidades tradicionais e um membro do MPF. Conta, ainda, com um comitê técnico de assessoramento, composto por organizações governamentais e não governamentais, o que propicia a efetiva participação social.

Com informações do Euroclima e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

Secretaria de Comunicação Social

Procuradoria-Geral da República

(61) 3105-6409 / 3105-6400

pgr-imprensa@mpf.mp.br

facebook.com/MPFederal

twitter.com/mpf_pgr

instagram.com/mpf_oficial

www.youtube.com/canalmpf

Fonte: https://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/mpf-apresenta-o-projeto-territorios-vivos-a-participantes-de-painel-do-euroclima-na-cop-27

Thank you for your upload