Área reúne mais de 3 mil moradores de 35 etnias e terá atendimento permanente realizado em parceria por OIM, Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e outros parceiros da comunidade, considerada uma das maiores áreas indígenas urbanas do Brasil.

No total, quase 100 moradores participaram de palestras sobre saúde preventiva, fizeram testagem para HIV, e 50 deles receberam atendimento médico e de enfermagem pelas equipes de saúde da OIM e da Semsa. A comunidade foi representada por Agentes de Saúde Indígenas e pelo líder do território, cacique Ismael Munduruku. As ações priorizaram o atendimento a homens adultos, em alusão à campanha Novembro Azul, de prevenção ao câncer de próstata.

Na primeira ação já foi possível fazer uma avaliação preliminar de algumas necessidades da comunidade. A equipe de saúde identificou vários casos de hipertensão e sintomas de diabetes. Também houve muitos relatos de sequelas da COVID-19, como dores no corpo, dificuldades de respirar e mesmo casos de síndromes respiratórias e tuberculose.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) realizou atendimento a indígenas brasileiros e ribeirinhos no Amazonas na última quarta-feira (17). A ação tem como parceiras a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) e a própria comunidade, representada por Agentes de Saúde Indígenas e pelo líder do território, cacique Ismael Munduruku. As ações priorizaram o atendimento a homens adultos, em alusão à campanha Novembro Azul, de prevenção ao câncer de próstata.

No total, quase 100 moradores participaram de palestras sobre saúde preventiva, fizeram testagem para HIV, e 50 deles receberam atendimento médico e de enfermagem pelas equipes de saúde da OIM e da Semsa.

A presença dos profissionais de saúde da OIM foi festejada pelos servidores da Secretaria Municipal, pelos agentes comunitários e pelos beneficiários. A agente de Saúde Indígena Jéssica Suelen, da etnia Baniwa, lembrou da parceria que já havia sido realizada no primeiro semestre e como foi possível aumentar e melhorar em qualidade os atendimentos com o apoio da OIM.

“Conseguimos ter um atendimento mais frequente. Durante os períodos mais críticos da pandemia da COVID-19, a OIM foi nosso braço direito, parceiros mesmo.”

Jéssica Suelen, agente de Saúde Indígena da etnia Baniwa.

“A equipe de saúde da OIM criou um vínculo com a comunidade indígena. Com certeza é um apoio que faz muita diferença”, confirmou Graciete Carvalho, coordenadora da Saúde Indígena do Distrito de Saúde (DISA) Oeste, da Secretaria Municipal de Saúde.

Pessoas impactadas – Se para os profissionais de saúde do sistema público, o trabalho da OIM faz diferença, para os beneficiários significa um apoio determinante no acesso aos serviços de saúde neste momento de pandemia. A dona de casa Gerusa M. levou os pais, Sinésio, de 86 anos, e Maria, de 85 anos, para se consultar e disse que dificilmente conseguiria se deslocar para um posto de saúde. “O atendimento foi muito bom. Meu pai tem tuberculose e está com dificuldade de caminhar. Não temos carro. Seria muito difícil chegar a um posto de saúde”, completou.

Lucas T., outro indígena atendido pelas equipes da OIM e Semsa, se disse “privilegiado” por receber atendimento médico na própria comunidade. “Nem todos têm condições de ir a um posto de saúde ou pagar um médico particular. Esse atendimento é um diferencial”.

“A OIM não é apenas uma parceira, mas é uma organização irmã da comunidade do Parque das Tribos”, concluiu o cacique Ismael Munduruku. “Estamos felizes de trabalhar juntos novamente”.

Legenda: No total, quase 100 moradores participaram de palestras sobre saúde preventiva, fizeram testagem para HIV, e 50 deles receberam atendimento Foto: © OIM

Doenças recorrentes e prevenção – Na primeira ação já foi possível fazer uma avaliação preliminar de algumas necessidades da comunidade. A equipe de saúde identificou vários casos de hipertensão e sintomas de diabetes. Também houve muitos relatos de sequelas da COVID-19 – a comunidade do Parque das Tribos foi uma das mais atingidas no estado – como dores no corpo, dificuldades de respirar e mesmo casos de síndromes respiratórias e tuberculose.

Também foi possível identificar que a comunidade responde quando é chamada para campanhas e ações preventivas. Voltada para os homens da comunidade, na ação desta quarta-feira, vários foram encaminhados para coleta de sangue de PCA e alguns aceitaram fazer o exame de toque retal, um tabu que até a atualidade dificulta o diagnóstico do câncer de próstata.

Unidade Básica de Saúde – O atendimento foi realizado no chamado “Malocão”, uma área coletiva da comunidade, muito utilizada nos momentos mais críticos da COVID-19. Porém, em breve a comunidade será beneficiada com uma Unidade Básica de Saúde (UBS). A obra foi anunciada pelo prefeito de Manaus na última segunda-feira, 08.

* As atividades da OIM para a população brasileira indígena e ribeirinha é feita com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Fonte: https://brasil.un.org/index.php/pt-br/159827-indigenas-brasileiros-e-ribeirinhos-sao-atendidos-por-equipe-medica-da-oim-em-manaus

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