É necessário ter um diagnóstico específico sobre as lacunas na saúde e buscar formas de facilitar o acesso a serviços de saúde e a medidas de prevenção para populações afetadas pela pandemia de COVID-19, como as comunidades indígenas.
A afirmação foi feita pelo subdiretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, em reunião com líderes de povos amazônicos de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela e especialistas de organizações internacionais na segunda-feira (27).
Segundo Barbosa, a OPAS pode promover diálogos entre os Ministérios de Saúde de cada país e as organizações indígenas, assim como com outros organismos que estão respondendo à pandemia.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) considera que é necessário ter um diagnóstico específico das lacunas na saúde e buscar formas de facilitar o acesso a serviços de saúde e a medidas de prevenção para populações afetadas pela pandemia da COVID-19, como as comunidades indígenas, afirmou o subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa, em uma reunião com líderes de povos amazônicos e especialistas de várias organizações internacionais nesta segunda-feira (27).
O subdiretor afirmou que a OPAS pode promover diálogos entre os Ministérios de Saúde de cada país e as organizações indígenas, assim como com outros organismos que estão respondendo à pandemia, de maneira que contribuam para a criação de roteiros de combate à COVID-19. São necessários também dados confiáveis sobre os casos do coronavírus e de outras doenças que afetam essas populações para garantir a implementação das medidas de saúde pública.
Jarbas Barbosa ressaltou que é preciso considerar também as implicações relacionadas à medicina tradicional no contexto da pandemia.
Em um diálogo virtual com líderes de organizações indígenas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, e outras organizações nacionais e internacionais, especialistas da OPAS trataram de temas de acesso à saúde e populações em situação de vulnerabilidade no contexto da atual pandemia. As organizações indígenas manifestam a necessidade de serem ouvidas pelas autoridades nacionais de cada um dos países.
O objetivo deste encontro foi dar visibilidade à situação dos povos indígenas amazônicos no contexto da COVID-19 e apresentar as ações realizadas na sub-região amazônica pela OPAS em colaboração com os países e organizações indígenas da área. Outro objetivo foi formar uma coalizão para dar o apoio necessário na resposta às populações da Amazônia.
O coordenador geral das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), Gregorio Mirabal, fez menção à importância de assegurar a participação dos povos indígenas nos esforços dos governos para responder à pandemia.
É consenso entre especialistas que o aumento diário de casos e mortes por COVID-19 nesta zona tem sido um duro golpe aos povos e nacionalidades indígenas.
O acesso das populações amazônicas aos cuidados de saúde exige uma resposta coordenada entre Estados, organizações indígenas, agências do sistema das Nações Unidas e outros parceiros da cooperação internacional.
Uma recente declaração conjunta, assinada pela OPAS e pela Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), afirmou que “as altas taxas de doenças crônicas aumentam o risco de contrair COVID-19 com sintomas graves; que a desnutrição crônica de crianças, as altas taxas de mortalidade materna, a malária e a dengue se somam à emergência causada pela COVID-19. E que as organizações indígenas da Amazônia têm protocolos elaborados e estão usando recursos da medicina ancestral para combater a pandemia”.
A COICA e a OPAS pediram pelo “fortalecimento da atenção nos serviços de saúde da Amazônia, com dotação de recursos humanos, suprimentos e dispositivos médicos, incluindo testes, tratamentos e vacinas contra a COVID-19 quando disponíveis”, com especial ênfase nos povos com isolamento voluntário.
Participaram da reunião especialistas dos mecanismos sub-regionais Organismo Andino de Saúde (ORAS-CONHU), Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Fundação Oswaldo Cruz, OCHA, Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável, BID, AECID, ECHO da União Europeia e outros parceiros internacionais.
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