- Dezessete indígenas venezuelanos da etnia Warao iniciaram o curso de padeiro pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (SENAI-DF). A formação se dá por meio do programa Inclusão Sem Fronteiras, uma iniciativa da OIM em parceria com a Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).
- Os indígenas atendidos pelo programa vivem em São Sebastião, no abrigo da Cáritas Arquidiocesana de Brasília. A ideia é que, ao completar a formação de 200 horas/aula, eles ingressem no mercado de trabalho e possam ser empreendedores ou empregados no ramo da panificação.
- Inicialmente, o programa previa a certificação e a qualificação profissional de 200 venezuelanos e migrantes vulneráveis de países vizinhos ao Brasil — número que foi ampliado para 250, incluídos os 17 indígenas que iniciaram as aulas em junho.
- A iniciativa é realizada no marco do projeto Oportunidades, implementado pela OIM com o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Dezessete indígenas venezuelanos da etnia Warao iniciaram este mês o curso de padeiro pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (SENAI-DF). Eles fazem parte do grupo de beneficiados pelo programa Inclusão Sem Fronteiras. A ação é uma iniciativa da Organização Internacional para as Migrações (OIM), em parceria com a Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) e com o SENAI-DF.
“Queremos que eles ingressem no mercado de trabalho e possam ser empreendedores ou empregados no ramo da panificação”, destaca o coordenador do núcleo, Israel Augusto. As aulas ocorrem no espaço da ADRA, em Samambaia. A qualificação tem 200 horas/aula e os alunos aprenderão sobre preparo de massas, coberturas e recheios.
“Estamos muito felizes em participar desta ação integradora, em que é feita a articulação com diversas culturas com propósito único de inseri-los em uma formação”, disse a gerente de Educação Profissional do SENAI-DF, Valéria Silva. “Ao final do curso, eles receberão certificado de qualificação profissional e estarão aptos para o mercado.”
Durante a aula inaugural, o cacique Miguel Quijada, de 40 anos, agradeceu a oportunidade. “Migramos da Venezuela para o Brasil e temos que pensar no futuro”, explicou, ao falar da importância do momento.
Público ampliado – Os indígenas atendidos pelo programa vivem em São Sebastião, no abrigo da Cáritas Arquidiocesana de Brasília. Organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Cáritas Brasileira é uma rede que desenvolve atividades humanitárias em várias partes do País. Uma das ações da entidade é auxiliar os migrantes no processo de formação. “É fundamental, no espaço em que vivemos, que eles possam ter oportunidades no campo do trabalho e autonomia de poder sobreviver aqui e em qualquer outro espaço que eles queiram”, ressalta o diretor executivo da organização em Brasília, Paulo Henrique de Morais.
Inicialmente, o programa Inclusão Sem Fronteiras previa a certificação e a qualificação profissional de 200 venezuelanos e migrantes vulneráveis de países vizinhos ao Brasil — número que foi ampliado para 250, incluídos os 17 indígenas que iniciaram as aulas em junho.
“A iniciativa de ofertar qualificação profissional para migrantes Warao aqui no DF é uma das primeiras experiências que estamos tendo no Brasil. Temos outra, em andamento em Roraima, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Então, é com muita satisfação que a gente inicia essa ação com a ADRA e o SENAI, porque é uma das primeiras experiências que permitem incluí-los nesse espaço de qualificação profissional no Brasil”, explica a coordenadora de projetos da OIM, Luísa Cruz.
A iniciativa é realizada no marco do projeto Oportunidades, implementado pela OIM com o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
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