Em Tabatinga, no Amazonas, acontece a segunda Semana do Bebê Indígena, que fortalece a garantia de direitos das crianças indígenas na primeira infância. Os eventos são promovidos pelo UNICEF, pelo Distrito Sanitário do Alto Rio Solimões e pela Prefeitura Municipal de Tabatinga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

O evento inclui discussões de temas que integram a realidade das crianças indígenas, como doenças raras, e deficiências e com atraso no desenvolvimento. Também há atendimentos para vacinação, triagem neonatal, oficinas, atividades recreativas e emissão do registro civil de nascimento. 

A Semana do Bebê Indígena é apoiada principalmente nos municípios inscritos no Selo UNICEF, na Amazônia Legal e no Semiárido brasileiros. Tabatinga, por exemplo, integra a edição do Selo 2021-2024.

Legenda: Indígenas Kayapó no município de Tucumã, no ParáFoto: © Agência Brasil

A Semana do Bebê Indígena está sendo realizada no Polo Base Umariaçu II, em Tabatinga (AM), e acontece até sexta-feira (29). Os eventos são promovidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo Distrito Sanitário do Alto Rio Solimões e pela Prefeitura Municipal de Tabatinga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A ação tem como objetivo tornar a primeira infância indígena prioridade na região da Amazônia Legal Brasileira. 

As atividades da programação são presenciais, mas seguem as orientações de prevenção contra o coronavírus, com teste rápido para COVID-19, além da orientação sobre o uso correto da máscara, bem como o distanciamento social. O princípio norteador do evento é assegurar o direito à proteção, à saúde e à educação de qualidade, garantindo um presente e um futuro melhor para cada criança indígena.

O especialista em Saúde e HIV do UNICEF Brasil, Antônio Carlos Cabral, falou sobre as metas e desafios da Semana do Bebê Indígena. “O evento envolve ações estratégicas para reunir e mobilizar esforços de governos e da sociedade para garantir o direito à sobrevivência e ao pleno desenvolvimento infantil, compreendendo a primeira infância, faixa etária que vai do nascimento aos seis anos de idade, como uma janela de oportunidades de assegurar saúde, aprendizado, desenvolvimento e bem-estar social e emocional.”

“A primeira infância é um período muito importante na garantia de políticas públicas integrais e integradas, construídas e implementadas coletivamente com gestores públicos, profissionais da saúde, educação e assistência social, secretarias, órgãos da sociedade civil, academias e parceiros do setor privado, que, por meio da sua responsabilidade social, a exemplo da Roche, parceiro estratégico do UNICEF, vem apoiando a realização de Semanas do Bebê em vários municípios e comunidades brasileiros”, salienta Antônio Carlos.

A Semana do Bebê inclui discussões de temas que integram a realidade das crianças indígenas, como doenças raras, e deficiências e com atraso no desenvolvimento. Também há atendimentos para vacinação, triagem neonatal (Teste do Pezinho), oficinas, atividades recreativas, emissão do registro civil de nascimento, entre outros. 

“Para que os indígenas participem de todas as ações da iniciativa, sejam palestras e/ou atendimentos, há tradutores na língua ticuna, que são os agentes de saúde indígenas”, explica Rosania Ruiz Berito, enfermeira do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Solimões/Secretaria Especial de Saúde Indígena (DSEI-ARS-Sesai).

De acordo com Weydson Gossel Pereira, coordenador do DSEI Alto Rio Solimões, a Semana do Bebê Indígena contribui para indicadores da primeira infância e no contexto geral e reforça as ações que o Distrito Sanitário já desenvolve. “Temos várias atividades relacionadas à criança e à mãe, como um pré-natal de excelência, com mais 95% das gestantes acolhidas e atendidas, e a cobertura vacinal para menores de 5 anos, que está acima de 95%”, informa Weydson.

Programação – Amanhã (28), haverá uma roda de conversa com as parteiras indígenas na atenção e no acolhimento no nascimento de crianças. “A interação das parteiras dentro do pré-natal e na atenção ao parto também é uma frente grandiosa no DSEI. Temos feito um trabalho relacionado às parteiras como o acolhimento e toda a humanização do parto, isso contribui também para redução da mortalidade infantil no Alto Rio Solimões”, concluiu o coordenador do DSEI. 

Francisco Nery Furtado, coordenador municipal de Políticas Públicas em Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV e Hepatites Virais (ISTs, HIV e HV), explica que o papel da instituição na Semana do Bebê será trabalhar políticas públicas em ISTs, HIV e HV no contexto do Alto Rio Solimões. 

“Durante o evento, estaremos abordando alguns conteúdos que são relevantes na saúde indígena como: a transmissão vertical do HIV, sífilis e hepatite B e C. Vamos também realizar oficina de aprimoramento para os profissionais de saúde, assim como discussões sobre diversidade sexual para a população indígena dentro da perspectiva da política de saúde LGBTQI+, além da testagem rápida de HIV, sífilis e hepatite B e C”, acentua Francisco.

A Semana do Bebê é apoiada principalmente nos municípios inscritos no Selo UNICEF, na Amazônia Legal e no Semiárido brasileiros. “Tabatinga, por exemplo, integra a edição do Selo UNICEF 2021-2024 e já fortalece sua presença na iniciativa em ações como esta que reforça, estimula e reafirma a necessidade na promoção, na proteção e no respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes”, reforça Debora Nandja, chefe do escritório do UNICEF em Manaus.

A programação conta ainda com o apoio do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Unidade de Pronto Atendimento de Tabatinga (UPA), Conselho Tutelar de Tabatinga e Secretaria Municipal de Educação. A Rede de Jovens Indígenas Comunicadores do Alto Rio Solimões (Rejicars), formada por jovens indígenas ticunas de Umariaçu II, realizará a cobertura do evento.

Fonte: https://brasil.un.org/pt-br/155789-unicef-e-parceiros-realizam-semana-do-bebe-indigena-no-amazonas

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