Em lugar da atividade, 8 mil apoiadores marcharam até a Esplanada para denunciar agenda de agressões aos povos originários pelo governo Bolsonaro
São Paulo – A chuva na noite de hoje (13) em Brasília levou a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) a cancelar parte do ato “A Queda do Céu” na Esplanada dos Ministérios. A atividade deveria encerrar a marcha deste penúltimo dia do Acampamento Terra Livre, que começou há nove dias na capital federal.
Segundo comunicado da Apib, o ato uniria a ancestralidade dos povos indígenas à tecnologia de drones, que seriam equipados com luzes transmitir as mensagens de luta e defesa da vida que os povos originários têm reafirmado durante o Acampamento.
Em lugar da atividade, os mais de 8 mil indígenas, lideranças, políticos e artistas que foram participar da manifestação saíram em marcha até a Esplanada dos Ministérios. Com palavras de ordem, cânticos e cartazes, voltaram a protestar contra a agenda de agressão aos povos originários pelo governo de Jair Bolsonaro, que tem apoiado a invasão de terras indígenas por garimpeiros e mineradores.
O resultado é o rastro de destruição, crimes e mortes, como na Terra Indígena Yanomami com a maior invasão dos últimos 30 anos. Com o aumento do preço do ouro no mercado internacional e o apoio do governo à atividade ilegal, o garimpo avança com força, velocidade e crueldade. “Como se não bastasse violar e matar as mulheres e crianças Yanomami, o garimpo ilegal faz explodir o desmatamento e a contaminação dos rios”, denunciam os indígenas.
O Acampamento Terra Livre deste ano, em sua 18ª edição, tem como lema ‘Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política. Nesta terça-feira (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva esteve na instalação e se comprometeu a criar um Ministério dos Indígenas e a revogar decretos de Bolsonaro prejudiciais a esses povos caso seja eleito.TAGS:jair bolsonaro, Lula, povos indígenas
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