Foto: Jornalistas Livres

Saiba o que teve de mais importante no monitoramento do Observatório dos Direitos e Políticas Indigenistas na última semana 26/09-02/10).

Bancada indígena. Sônia Guajajara (PSOL/SP) e Célia Xakriabá (PSOL/MG) são as duas deputadas federais indígenas eleitas no Brasil. Joênia Wapichana, primeira mulher indígena eleita em 2018, não se reelegeu. A mobilização Aldear a Política, organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), busca garantir um projeto de vida, voltado à biodiversidade e à defesa dos direitos humanos, em resposta ao projeto de morte encampado por Bolsonaro. Durante seu mandato, Joênia  Wapichana (REDE/RR) articulou a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, com 237 parlamentares. 

Sônia Guajajara recebeu 156.695 e vai compor a bancada de São Paulo na Câmara. “São Paulo, nós conseguimos! A primeira mulher indígena eleita como deputada federal por SP vai aldear o Congresso Nacional. Muito, muito obrigada pela confiança! Vamos aldear mentes e corações, e construir um novo Brasil. Seguimos juntes!”, tuitou a deputada. Em Minas Gerais, Célia Xakriabá recebeu 101.154 votos e foi a candidata mais votada do Psol. 

Garimpo ilegal. Reeleito governador de Roraima, Antonio Denarium (PP) deve continuar estimulando a presença do garimpo na Terra Indígena Yanomami. Em 1992, 42 mil garimpeiros foram expulsos da TI, mas hoje, com a ajuda do governo federal, o problema está de volta. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há entre 10 mil e 20 mil garimpeiros na TI Yanomami, colocando em risco a vida de 28 mil indígenas. O governo de Jair Bolsonaro desmontou todos os órgãos de fiscalização, aparelhou a Funai, e tenta aprovar a mineração em Terras Indígenas. Na Amazônia, o garimpo ilegal já é maior que a mineração legal. O governador reeleito sancionou uma lei proibindo a destruição de equipamentos apreendidos em operações de fiscalização ambiental, o que protege os garimpeiros ilegais. Leia mais na reportagem da Agência Pública

Demarcação. “Por que a gente acha muito ter 14% [de terras demarcadas] se eles [povos indígenas] tinham tudo [do território do Brasil]? Não precisamos das terras indígenas para fazer nada. E quero aproveitar para dizer que sou contra garimpo ilegal. E madeireiro que invadir floresta para derrubar madeira de forma ilegal vai ser punido”. É o que diz Lula (PT), que disputa o segundo turno da eleição presidencial com Jair Bolsonaro (PL). O candidato defendeu a demarcação de Terras Indígenas, ao mesmo tempo em que defendeu um agronegócio sustentável. O petista pode convidar a senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada da eleição e ligada ao agronegócio, para compor o seu governo. 

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