Saiba o que teve de mais importante no monitoramento do Observatório dos Direitos e Políticas Indigenistas na última semana (18-23/01). 

Marco Temporal. O Assessor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Eloy Terena, disse que o mais provável é que o novo ministro do STF, André Mendonça, atue contra os direitos dos indígenas. “É mais provável que ele siga atuando como ministro em favor da tese do Marco Temporal e contra os direitos indígenas em geral”, disse. Em sua sabatina no Senado, mendonça recebeu amplo apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ligada à bancada ruralista. Quando era advogado-geral da União, o agora ministro atuou no sentido de enfraquecer os povos indígenas. Agora, deve atuar em conjunto com Kássio Nunes Marques, o outro indicado de Jair Bolsonaro para o STF.

Yanomami em perigo. O Ministério Público Federal emitiu recomendação ao Ministério da Saúde e aos órgãos que tratam de assuntos indígenas para que a assistência básica seja melhorada na região onde vive a comunidade Yanomami em Roraima e no Amazonas. O território registra piora acelerada dos indicadores de saúde. Assista

Ataques ao povo Kanela. No Mato Grosso, indígenas do povo Kanela do Araguaia estão sob sucessivos ataques por parte de um fazendeiro, mostra reportagem da Amazônia Real. O fazendeiro Lorcir Otto Bubans alega ser proprietário das terras onde está localizada a terra indígena Aldeia Porto Velho, que fica no município de Luciara, no nordeste do Mato Grosso. Em novembro, duas lideranças indígenas sofreram um atentado e apontam o fazendeiro como mandante. Poucos depois, Lorcir Bubans afirmou publicamente que a comunidade teria o prazo de até 5 de maio para sair da área. O processo de demarcação da Terra Indígena Aldeia Porto Velho está parado na Fundação Nacional do Índio (Funai) desde 2008.

Vacinação é alvo de fake news. Reportagem da Amazônia Real mostra que a vacinação infantil em Manaus enfrenta três obstáculos: o aumento das internações de crianças, a falta de imunizantes e a desinformação por parte dos pais e responsáveis. Vários pais afirmam que não vão vacinar seus filhos com idade entre 5 e 11 anos, reproduzindo argumentos semelhantes ao do governo de Jair Bolsonaro. Saiba mais

Por Guilherme Alves.

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