Indígenas realizaram mobilizações em várias partes do país nesta terça-feira (30), incluindo o município de São Gabriel da Cachoeira, na sede da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), em protesto ao Projeto de Lei 490 e ao Marco Temporal. Outras manifestações ocorreram em Santa Isabel do Rio Negro, na sede da Associação das Comunidades Indígenas do Rio Negro (ACMIRN) e em Maturacá, com o povo Ianomami.

Entre as principais preocupações das lideranças indígenas está o fato de que o Projeto de Lei 490 pode levar à perda de terras tradicionais e ameaçar a sobrevivência de suas comunidades. Além disso, o Marco Temporal, que está sendo foi submetido à votação na Câmara de deputados e tem o trâmite de julgamento do Supremo Tribunal Federal no dia 07 de junho, aprovado o PL pode restringir o acesso dos povos indígenas às suas terras, especialmente aquelas que foram ocupadas após a promulgação da Constituição de 1988.

Diante dessa situação, as mobilizações dos líderes indígenas são uma forma importante de reivindicar seus direitos e chamar a atenção da sociedade e das autoridades para a importância de preservar a cultura e os territórios dos povos indígenas.

As lideranças indígenas têm desenvolvido diversos movimentos de luta e resistência em defesa de seus territórios e de seus direitos. Alguns exemplos incluem:

•          Acampamento Terra Livre: evento anual que reúne lideranças indígenas de todo o país em Brasília para discutir pautas de interesse da comunidade indígena, como a demarcação de terras e o combate à violência contra os povos indígenas.

•          Marcha das Mulheres Indígenas: mobilização liderada por mulheres indígenas que tem como objetivo dar visibilidade às demandas específicas desse grupo, como o combate à violência de gênero e a valorização da cultura e dos saberes tradicional.

•          Resistência Indígena: plataforma digital que reúne notícias e informações sobre a luta dos povos indígenas em todo o país, com o objetivo de fortalecer a mobilização e a articulação entre as diferentes comunidades.

É importante ressaltar que a luta das lideranças indígenas não se limita apenas a questões territoriais, mas abrangem também aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais. A preservação da cultura e dos saberes tradicionais dos povos indígenas é fundamental não apenas para a sobrevivência dessas comunidades, mas também para a diversidade e a riqueza cultural do país como um todo.

A votação no dia 07 de junho será decisiva para o direito constitucional dos povos indígenas no país.

Fonte: https://foirn.wordpress.com/2023/05/30/liderancas-indigenas-do-rio-negro-expressam-total-repudio-ao-marco-temporal-e-ao-pl490-em-todo-o-territorio/