Durante o terceiro dia da X Assembleia da Juventude Indígena de Roraima, o Departamento de Gestão Territorial, Ambiental e Mudanças Climáticas (DGTAMC) do Conselho Indígena de Roraima (CIR) promoveu uma roda de conversa sobre Justiça Climática e Racismo Ambiental, com foco nos impactos sobre os povos indígenas e na participação desses povos nos espaços nacionais e internacionais, como a COP30.

A atividade foi conduzida por Sineia do Vale, do povo Wapichana, referência na luta ambiental indígena, que iniciou a conversa perguntando aos jovens o que entendiam por mudança climática. As respostas destacaram como essas mudanças já afetam diretamente suas comunidades.

Sineia também apresentou uma linha do tempo sobre as Conferências das Partes (COPs), explicando a importância de cada uma e como os povos indígenas têm buscado garantir sua voz nesses espaços de decisão global. O momento reforçou o protagonismo da juventude indígena na luta por justiça climática.

Professores indígenas fortalecendo a juventude durante falas. (Foto: ASCOM/CIR)
Professores indígenas fortalecendo a juventude durante falas. (Foto: ASCOM/CIR)

Na pauta, fortalecendo a juventude nos espaços de luta, os professores Divo Marculino, Sandra Salustino, Aníbal Dimas e Rávila Mota destacaram os desafios e o protagonismo da juventude.

A juventude sempre foi protagonista das grandes transformações no movimento indígena. Os jovens ocupam os espaços de luta com coragem, criatividade e resistência. No entanto, para fortalecer essa presença é necessário ter reconhecimento; é preciso garantir condições reais para que a juventude tenha voz, vez e poder de decisão.

“Que não se silencie a potência que a juventude carrega. Que os espaços de luta sejam também espaços de acolhimento, aprendizado e transformação, onde a juventude não apenas resiste, mas também sonha, propõe e constrói”, destacou a professora Sandra.

Fonte: https://cir.org.br/post/juventude-indigena-debate-justica-climatica-e-racismo-ambiental