Manaus (AM) – No dia 9 de junho, Korá Kanamari acabava de chegar em Atalaia do Norte atordoado com o desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Naquela semana, ele participava de uma assembleia na aldeia Notewa, do povo Kulina, no Médio Rio Javari, dentro da Terra Indígena Vale do Javari, quando decidiu ir para a cidade após tomar conhecimento da notícia e juntar-se aos outros indígenas na mobilização para encontrar os dois. “Acabei de chegar em Atalaia. Estamos todos atormentados, abalados”, relatou naquele dia à Amazônia Real, com voz embargada, em mensagem por áudio enviada à reportagem.
Bruno e Dom foram assassinados por pescadores perto da comunidade Cachoeira, na divisa da Terra Indígena Vale do Javari, na manhã do dia 5 de junho. Até o momento, três pessoas suspeitas foram presas – um homem que se entregou para a Polícia de São Paulo foi descartado pela Polícia Federal. Bruno fazia parte da Equipe de Vigilância da Univaja (EVU), que monitora invasões de pescadores e caçadores dentro do Vale do Javari. Dom realizava um trabalho documental para um futuro livro sobre a Amazônia e as populações da região. (leia a reportagem “Os minutos finais de Bruno e Dom em São Rafael”).
Os restos mortais foram encontrados no dia 15, em um local apontado por um dos suspeitos, Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”. O corpo de Bruno Pereira foi velado e cremado no Recife, capital de Pernambuco, onde ele nasceu. O funeral e a cremação de Dom será neste domingo (26), às 12h, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ).
À Amazônia Real, Korá Kanamari contou que dias depois do desaparecimento de Bruno e Dom, um posto de vigilância que os Kanamari instalaram no Médio rio Javari, onde está localizada sua aldeia, São Luís, foi atacado a tiros por invasores. A região do Médio Javari é considerada limite internacional do território indígena e é alvo de caçadores, pescadores e madeireiros ilegais. Também é rota principal do tráfico de drogas e por isso leva medo e pavor aos indígenas. Mas é no rio Itacoaí, segundo Korá, onde estão as mais recentes ameaças levadas pelos invasores (pescadores e caçadores, possivelmente financiados pelo narcotráfico).
Nesta semana, recomposto da chocante morte do amigo e aliado, Korá Kanamari, uma das principais lideranças de seu povo (autodenominados Tüküna), concedeu entrevista à Amazônia Real antes de voltar para sua aldeia.
A liderança expressa em seu forte relato a revolta e a raiva sobre o que está acontecendo na Terra Indígena Vale do Javari. “Com a Funai sem poder fazer nada, o rio está praticamente liberado. Quem protege nesse momento somos nós, mesmo correndo risco de morrer também. E o Bruno, que fazia essa frente junto com a gente e que infelizmente passou por essa tragédia”, disse.
Korá pediu que tudo que falasse saísse nesta matéria e destacou, sobretudo, o recado do líder dos indígenas de recente-contato, Tyonwük Dyapah (também chamados de Tsohom Djapá), cada vez mais indignado com garimpeiros que invadem a região do rio Jutaí, na parte sul do território. “Quando estive na aldeia Jarinal, onde eles vivem com meu povo Kanamari, a autoridade máxima dos parentes Tyonwük Dyapah pediu: ‘Fale para as pessoas, pros brancos, Korá: se voltarem, vamos dar flechada nos garimpeiros’.
A declaração da liderança de recente contato não é uma frase retórica. Ele sabe que as consequências de uma morte por revide seriam imensas, mas os indígenas do Javari já estão “aborrecidos” e cansados de se esconderem na mata cada vez que são ameaçados.
Localizada no estado do Amazonas, fronteira com Peru, a densa floresta da TI Vale do Javari, distante dos grandes centros, conseguiu manter-se preservada apesar da devastação que se vê em outras áreas da Amazônia, e de invasões esporádicas até 2018. Mesmo com dificuldade, a Funai conseguia realizar ações de monitoramento e fiscalização. A situação mudou no governo de Michel Temer (MDB) e entrou em colapso no governo de Jair Bolsonaro (PL), que trata os povos indígenas com absoluto desprezo e ódio.
Nas últimas décadas, muitos povos do Vale do Javari contatados estabeleceram-se em aldeias fixas, conforme sua própria dinâmica social e ambiental. Outros grupos, porém, vivem em uma simbiose entre sedentarismo e nomadismo em um convívio de pleno equilíbrio na floresta: são os chamados “isolados” ou “povos livres”`, termo mais adequado. Quase inalcançáveis no interior da floresta, são eles os mais vulneráveis, pois estão cada vez mais ameaçados de viver com segurança.
Segundo Korá Kanamari, o território passou a ser disputado explicitamente e hoje está tomado pela ação criminosa dos invasores.“Como não tem fiscalização, os invasores foram se empoderando mais. E os grupos de bandidos vão tomando conta. Cada parte do território vai sendo disputado. ‘O rio Itacoaí é meu’. ‘O Ituí é meu’. ‘O Curuçá eu que vou pescar’. ‘O Jutaí é do garimpo’. ‘Vocês não vão lá se não vai dar peia’. É assim que eles falam entre eles. E como ficam nós indígenas? Encurralados? Estamos encurralados de tanta invasão que tem aqui”, diz.
Korá Kanamari foi vice-presidente da Associação dos Kanamari do Vale do Javari (Akavaja) e vereador pelo município de Atalaia do Norte na gestão passada. Atualmente, sua atuação como liderança concentra-se nas aldeias Kanamari do Médio Javari e do rio Itacoaí, com apoio em vigilância e manejo nas comunidades. No início da pandemia, a aldeia São Luís foi a primeira a ser notificada com o contágio do coronavírus, possivelmente por transmissão passada por funcionários de saúde. Segundo Korá, todos pegaram a doença. Não houve registro de óbitos. A população de Kanamari na TI Vale do Javari é estimada em 1.000 pessoas. O povo vive em aldeias nas áreas dos rios Itacoaí, Médio Javari e Jutaí. Leia a entrevista na íntegra:
Amazônia Real – Como está a situação dos povos do Vale do Javari?
Korá Kanamari – A gente tem lutado com unhas e dentes na questão da proteção do território. Só que a coisa piorou depois que entrou na presidência o Bolsonaro. Aí foi uma destruição total. Trouxe tudo de ruim, muitas coisas voltaram. Antes da demarcação, a população não indígena tinha muito ódio de nós. Queriam que matassem todos nós. Era pessoas comuns, prefeito, vereadores, outros políticos. Mas com o tempo, isso foi trabalhado e tudo virou amigo. Índio casou com branco, branco casou com índio. No governo Bolsonaro retornou todo esse ódio. Hoje, a sociedade não indígena olha com ódio pra gente. Dizem que a gente atrapalha. Não somos atrapalho. Estamos protegendo a nossa casa, a nossa comida, nosso alimento, a nossa água, nossa floresta, que é de onde os povos indígenas sobrevivem.
Amazônia Real – As invasões aumentaram nos últimos anos, como vocês denunciam há tempos. Faça um panorama dessa realidade.
Korá Kanamari – De norte a sul, leste a oeste, nos quatro quantos da terra indígena, tudo está invadido. Isso não apenas aumentou, parece que fortaleceu. Todas as bases de vigilância da Funai (Fundação Nacional do Índio) estão desestruturadas. Fizeram com que os servidores da Funai e da Frente de Proteção Ambiental ficassem de mãos atadas, sem poder fazer nada. E aí entrou um número muito significativo de invasores em toda a terra indígena. Desde antes da demarcação não se via algo assim. Agora tem fazenda, garimpeiro, pescador e caçador. E madeireiro. Já ultrapassa o limite da terra indígena. Na nossa região (Médio rio Javari), onde está minha aldeia, tem a retirada de madeira, pescador, caça e tráfico de drogas. Na parte leste, tem fazenda, madeira, caça. Isso para as aldeias causa um grande trauma. Um desconforto para as pessoas. Principalmente aquelas que moram no interior da terra indígena, que precisam de paz, os povos autônomos da floresta, que são os chamados índios isolados. Temos vidas que precisam de proteção e segurança. O Estado brasileiro não reconhece os indígenas como uma ação positiva, de cuidar do meio ambiente. Porque nós fazemos manejo dentro. Não saímos derrubando todas as madeiras, a gente não sai matando toda a caça. Não sai pegando todo o peixe. O que pegamos ali é pro nosso consumo.
Amazônia Real – Quando as invasões ficaram mais intensas? Quem são essas pessoas?
Korá Kanamari – Como não tem fiscalização, eles foram se apoderando mais. E os grupos de bandidos vão tomando de conta. Não é apenas um grupo. São vários grupos. Cada parte do território vai sendo disputada. ‘O rio Itacoaí é meu’. ‘O Ituí é meu’. ‘O Curuçá eu que vou pescar’. ‘O Jutaí é do garimpo’. ‘Vocês não vão lá se não vai dar peia’. Entre eles é assim. E como ficam nós povos indígenas? Encurralados? Estamos encurralados de tanta invasão que tem. Estamos voltando pro centro da floresta. Aqueles que não vão, que estão com aldeia implantada, têm que encarar os desafios. Tudo isso está acontecendo no mundo onde tem o maior número de povos isolados do planeta, com biodiversidade intacta. Essa é a real situação que o governo jamais vai entender. A Funai não tem força para nada. Não tem recurso para fazer uma ação qualquer. Hoje, estão na Base de Vigilância só para cuidar do patrimônio e não para proteger nós, que é seu papel. O rio está praticamente liberado. Quem protege nesse momento somos nós. E o Bruno, que fazia essa frente junto com a gente e que infelizmente passou por essa tragédia. Ele é um parente que se foi. Agora, teremos que tocar o barco pra frente.
Amazônia Real – O Vale do Javari é imenso e hoje muito se fala do contexto na região da fronteira. O garimpo, contudo, é forte em outras áreas da terra indígena. Como é essa realidade?
Korá Kanamari – Tem garimpeiro nessa área do rio Jutaí, eles entraram por lá. Estive na aldeia Jarinal neste ano e os parentes me falaram que estão muito cansados. Cansados de tanto os garimpeiros aperrearem eles. Agora está pior. Ano passado, na aldeia velha que fica mais abaixo, entrou uma equipe de garimpeiros, muito mesmo, e com balsa grande. Um garimpeiro era de Roraima e chegou na comunidade Jarinal com revólver na cintura, e tinha até fuzil. Os parentes Tyonwük Dyapah, de recente contato, ficaram com medo e fugiram pro mato. Parecia que eles (garimpeiros) iam atacar as aldeias. Depois, conversaram com as lideranças dizendo que queriam passar. Prometeram um barco 114 (motor HP), potente. Disseram que a Funai já tinha acabado. Que a partir dali eles tinham autorização do governo Bolsonaro para entrarem na terra indígena e tirar ouro. Isso me foi dito pelo vice-cacique da aldeia Jarinal. Disseram que se os parentes deixassem entrar, eles iam construir escola, farmácia, botar um gerador de energia muito forte pros parentes não andarem mais no escuro, instalar saneamento básico. Tudo isso eles prometeram pros parentes.
Amazônia Real – Onde os garimpeiros querem chegar para tirar ouro?
Korá Kanamari – O foco deles é dentro do rio Jutaí, na Terra Indígena Vale do Javari. Em um Igarapé chamado Dave. Segundo os garimpeiros, a mina de ouro está dentro deste igarapé, afluente direito do Jutaí. Isso fica perto da região da área dos parentes autônomos da floresta, que o branco chama de “isolados”.
Amazônia Real – Houve também o caso de uma “festa” que garimpeiros fizeram na aldeia Jarinal, na área do rio Jutaí. Pode falar a respeito?
Korá Kanamari – Este ano, depois que a Akavaja denunciou a invasão de que o garimpeiro fez festa, a gente foi lá pra saber o que aconteceu. Foi uma equipe da Funai, da Frente de Proteção Etnoambiental. Eu fui acompanhando como movimento indígena. Realmente isso foi apurado. Houve sim. Fizeram festa lá dentro. Isso foi em fevereiro, mesmo sem autorização da comunidade. Mesmo não gostando, para não ter conflito, os Kanamari deixaram eles (garimpeiros) fazerem a festa. Eles alugaram o motor de luz do parente. E compraram álcool da equipe da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) que estava lá e passaram a noite. Misturaram gasolina com água e embebedaram o cacique da aldeia. Quando ficaram bêbados, tentaram agredir, forçar uma parente Kanamari, para fazer sexo com ela. E aí isso abalou toda a comunidade. Quando houve isso, os parentes expulsaram eles. Depois, os garimpeiros voltaram e ofereceram muito rancho pra eles. Disseram que iriam entrar nesse igarapé Dave. Para ver se os parentes liberavam.
Amazônia Real – Como os parentes da aldeia Jarinal reagem a tudo isso?
Korá Kanamari – Dizem que não aguentam mais tanta pressão. Sabe o que é pressão, de estar ali direto? Oferecendo muita coisa de valor pra eles? Dizem: ‘vocês vão parar de sofrer’. O líder dos Tyonwük Dyapah diz que não aguenta isso. Ele disse que se chegar mais garimpeiro vai flechar os garimpeiros. Foi dito isso em público e a Funai estava presente. Como a Funai não está tomando providências de proteger e expulsar os garimpeiros, eles vão cuidar disso. O que eles querem é uma base da Funai na boca do Juruazinho, divisa da terra indígena. E mais pra cima, no Igarapé Jutaizinho, onde tem também caçador. Lá também é caça e garimpo. Isso a gente constatou. Os parentes estão sendo ameaçados. Quero que você coloque bem grande nessa matéria: ‘Os Tyonwük Dyapah, povo de recente contato, de tanta pressão dos garimpeiros, já não aguentam, e prometem flechar garimpeiros’. A autoridade maior deles pediu que eu falasse isso.
Amazônia Real – Já aconteceu algo mais grave envolvendo os invasores?
Korá Kanamari – O cacique da aldeia Jarinal foi fazer um monitoramento pra cima do Igarapé Jutaizinho, acompanhado de outro parente. Eles encontraram canoa, casa, tudo isso já chegando na área dos parentes isolados. Os invasores estavam querendo morar na terra indígena. Ele cortou a canoa, tocou fogo na casa do caçador. Com isso, o cacique, junto com um agente ambiental, passou a ser ameaçado. Lá também está perigoso. E a Funai não faz nada. Inclusive, em 2020, mataram um parente Kanamari da Terra Indígena Mawteke, que fica colada com a TI Vale do Javari. Lá os parentes estavam preservando o território. Eles foram lá e tomaram as coisas dos pescadores. E o parente Piam Kanamari foi assassinado a facadas.
Amazônia Real – Toda a TI Vale do Javari está sob ameaça. Quais as áreas em situações mais vulneráveis?
Kora Kanamari – Começou a piorar com o presidente Bolsonaro. Hoje a ameaça é mais no Itacoaí. A invasão está chegando nas aldeias Kanamari do Igarapé Pedra, já passando da aldeia Massapê, da aldeia Kawiá, da aldeia Bananeira, da aldeia Remansinho. Os pescadores estão chegando até dentro do rio São José, um rio isolado, onde vivem os isolados Flecheiros.
Amazônia Real – Quais as consequências mais graves que vocês identificam com essas invasões mais frequentes?
Korá Kanamari – Está diminuindo a alimentação. No rio Itacoaí, na parte de baixo, já não tem muito tracajá, eles (invasores) estão acabando tudo. O pirarucu também. O foco deles é o pirarucu e o tracajá. Esse é o foco da briga dos pescadores. É uma coisa que dá muito dinheiro. O rio Itacoaí, no lado esquerdo, já pegando o sul da terra indígena que fica entre as aldeias Kanamari e a aldeia Jarinal, tem o maior número de povos isolados de toda a Terra Indígena Vale do Javari. Os parentes quase não fazem monitoramento porque eles têm medo. Os pescadores e caçadores trafegam todos os dias. Eles sabem que desde que o Bolsonaro entrou a Funai não executa mais atividade de fiscalização. Antes, tinha atividade noturna. Agora não tem mais. O rio Itacoaí está liberado. Por isso esse número grande de invasão.
Amazônia Real – O que eles ganham pescando dentro da terra indígena?
Korá Kanamari – Um tracajá chega a custar 100, 200, 300 reais no mercado. Uma tartaruga chega em torno de 2 mil reais. O pirarucu… nossa! Aqui em Atalaia está 20 reais o quilo do pirarucu. Muito caro. Isso você vendendo pro Peru, é muito mais caro ainda. Pra Colômbia, pior ainda. Então, dá muito lucro. E pra nós, para garantir um sistema de fiscalização, tem que ter uma Funai forte, e um Exército dentro para realmente resolver a situação da fiscalização.
Amazônia Real – E nas outras calhas de rio da Terra Indígena? Como está a situação?
Korá Kanamari – No rio Javari, a gente sofre muito com pressão de tudo. A região é invasão de madeireiro, pescador e caçador. Dentro do rio Curuçá e dentro do médio Javari também. Só que lá é madeira, além de pesca e caça. A gente tem feito um trabalho de monitoramento territorial. É uma ação, da nossa equipe, entre os Kanamari, para proteger o nosso lago. A gente vem fazendo isso porque a gente já está meio que passando fome, está diminuindo tudo.
Amazônia Real – Vocês já foram ameaçados ou atacados?
Korá Kanamari – Tem uma base da Funai, que é a base do rio Curuçá, que não tem vigilância. Nossa madeira está sendo retirada em grande quantidade, o peixe também. Foi aí que a gente começou nesse projeto de manejo e de vigilância do nosso próprio povo. Quando foi no sábado, dia 11 deste mês, os pescadores deram dois tiros rumo a nossa casa de vigilância, no Médio Javari. A nossa segurança está exposta. Até porque o Médio Javari é praticamente dominado pelos traficantes, onde uma parte dos Kanamari mora. É rio sem lei, onde todo mundo entra porque não tem fiscalização. A gente tem que garantir a nossa segurança. Não vamos baixar a cabeça.
- Sede abandonada da Funai em Atalaia do Norte (Foto: Cícero Pedrosa Neto/Amazônia Real)
- Indígena Kanamari nas margens do rio Itacoaí (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
- Moradia de aldeia Kanamari, na Terra Indigena Vale do Javari (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
- Moradia de aldeia Kanamari, na Terra Indigena Vale do Javari (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
- Atalaia do Norte, no Amazonas (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
- Margem do rio Javari, na cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
- Indígenas da TI Vale do Javari no Amazonas acampados na cidade de Atalaia do Norte (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
- Moradia de aldeia Kanamari, na Terra Indigena Vale do Javari (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
- Indígenas da aldeia Massapê, dos Kanamari, no rio Itacoaí (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)
Cofundadora da Agência Amazônia Real e editora de conteúdo. Atuou como repórter na imprensa do Amazonas e especializou-se na produção de reportagens socioambientais na Amazônia com enfoque em povos indígenas e povos tradicionais, direitos territoriais, direitos humanos, impactos de grandes obras na natureza e nas populações amazônicas, entre outros assuntos. Possui Prêmio Imprensa Embratel, Prêmio Onça-Pintada de Jornalismo e Prêmio Fapeam de Jornalismo Científico. É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). (elaize@amazoniareal.com.br/elaizefarias@gmail.com)
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