Com três fases, campanha também pretende construir a primeira escola da etnia no território
No sertão de Itaparica, a cidade de Itacuruba (a 467km de Recife) é considerada um território ancestral, que contém diversos povos e comunidades tradicionais, como os Pankará Serrote dos Campos, Tuxá Pajeú, Tuxa Campos, Quilombo Poços dos Cavalos, Quilombo Negro Gilu e o Quilombo Ingazeira.
O município é também o lugar escolhido pelo Governo Federal para a construção de uma usina nuclear no Nordeste, que vem causando conflitos e expulsando os povos dos territórios e expropriando os modos de vida possíveis.
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É nesse contexto que a Residência Multiprofissional em Saúde da Família, com ênfase nas populações do campo, está propondo ações – articuladas entre movimentos sociais, residentes e povos que decidiram criar uma campanha – com foco no acesso à saúde e à educação de forma integrada.
Uma dessas ações é a construção da biblioteca do Povo Tuxá. Para estruturar a iniciativa, foi aberto um financiamento coletivo para arrecadar doações para arcar com os gastos dessa construção, incluindo toda a estrutura necessária para o funcionamento da biblioteca, como móveis, livros, cobertura do local, entre outras coisas.
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O financiamento tem três metas. A primeira, no valor de R$ 2.200 será destinada para a construção e montagem da biblioteca; a segunda, de R$ 5.000 será a expansão da biblioteca e compra de novos materiais e livros e a última, de R$ 20 mil, tem como objetivo a construção da primeira escola do povo Tuxá.
Além da vaquinha, a campanha também está recebendo a doação de livros infanto-juvenis, literários e outros materiais com temas voltados às populações do campo e comunidades tradicionais.
Fonte: BdF Pernambuco
Edição: Vanessa Gonzaga e Rebeca Cavalcante
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