Um relatório publicado nesta quarta-feira (26) pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) registrou um brusco aumento nos índices de violência contra os povos indígenas durante os quatro anos da gestão de Jair Bolsonaro. Em 2022, seu último ano de mandato, foram observados os piores resultados, com um total de 416 casos de violência pessoal (homicídios, lesões corporais, ameaças de morte, etc).
O CIMI relembrou que o Brasil sempre apresentou uma taxa preocupante de violência contra os povos indígenas. A média anual de casos de violência pessoal nos quatro anos que antecederam a gestão Bolsonaro foi de 245 ocorrências ao ano. A partir de 2019, essa média subiu para 373. Destas, 795 foram homicídios.
O CIMI também observou o crescimento da violência patrimonial ao longo desses anos, principalmente na forma das invasões às terras indígenas, constantemente ameaçadas pela grilagem e pelo garimpo ilegal. A principal causa de morte de indígenas, porém, se deu por meio da omissão do poder público na garantia dos direitos desses povos, resultando em uma explosão nos índices de mortalidade infantil. Entre 2019 e 2022 morreram mais de 3,5 mil crianças de 0 a 4 anos.
No entendimento do CIMI, o pico de violência foi resultado direto da condução política do ex-presidente .“Sob Bolsonaro, o Poder Executivo não apenas ignorou a obrigação constitucional de demarcar e proteger as terras tradicionalmente ocupadas pelos povos originários como também atuou, na prática, para flexibilizar este direito, por meio de Projetos de Lei e de medidas administrativas voltadas a liberar a exploração de terras indígenas”, aponta o relatório.
Confira a íntegra do relatório:
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AUTORIA
LUCAS NEIVA Repórter. Jornalista formado pelo UniCeub, foi repórter da edição impressa do Jornal de Brasília, onde atuou na editoria de Cidades.
lucasneiva@congressoemfoco.com.br
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