A Fundação Nacional do Índio (Funai) alcançou a marca de 500 mil cestas de alimentos entregues a indígenas no país durante a pandemia do novo coronavírus. Além de garantir a segurança alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade social, a iniciativa contribui para que os indígenas permaneçam nas aldeias e evitem o risco de contágio pela covid-19.
“A medida é fundamental para impedir a disseminação do coronavírus entre os povos indígenas. A Funai, no âmbito de suas competências, tem dado toda a atenção e o suporte necessários para que as comunidades possam passar pela pandemia da melhor forma possível. Não temos medido esforços para fazer com que os alimentos cheguem às aldeias, superando diversos desafios logísticos de Norte a Sul do país”, destaca o presidente da Funai, Marcelo Xavier.
Segundo Xavier, a força-tarefa mobiliza centenas de servidores nas 39 Coordenações Regionais e 225 Coordenações Técnicas Locais do órgão espalhadas por todo o Brasil. “Conseguimos levar os alimentos às áreas mais remotas. Como resultado, os indígenas estão assistidos do ponto de vista alimentar e podem seguir a recomendação do isolamento social”, pontua o presidente.
As cestas são provenientes de recursos próprios, doações e parcerias com instituições públicas e privadas. Boa parte dos itens foi adquirida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com recursos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Na distribuição, a Funai também conta com o apoio de diversos parceiros, como o Exército e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
A fundação já investiu mais de R$ 45 milhões no combate à covid-19. Ainda no mês de março, o órgão já havia suspendido as autorizações para ingresso em Terras Indígenas e, atualmente, mantém 313 barreiras sanitárias para impedir a entrada de não indígenas nas aldeias. O órgão participa também da Operação Verde Brasil 2, deflagrada pelo governo federal para executar ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.
No âmbito da proteção da territorial, desde o início da pandemia já foram realizadas 306 ações em 221 Terras Indígenas para coibir ilícitos, como extração ilegal de madeira, atividade de garimpo e caça e pesca predatórias, a um investimento de R$ 11,8 milhões, realizadas em parceria com outros órgãos, como a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Central de Atendimento
Os indígenas contam ainda com uma Central de Atendimento específica para solicitações relacionadas ao combate à covid-19 para que as demandas cheguem mais rápido aos órgãos competentes. As informações podem ser encaminhadas para os telefones (61) 99622-7067 e (61) 99862-3573, por meio de mensagem de texto e aplicativo WhatsApp, ou ainda pelo e-mail covid@funai.gov.br.
Geração de renda
O investimento da Funai também inclui o apoio a iniciativas voltadas para o etnodesenvolvimento nas aldeias. A fundação destinou cerca de R$ 12 milhões a ações como a compra de maquinário agrícola, ferramentas, sementes, insumos e material de pesca. O objetivo é contribuir para que os indígenas mantenham a produção, além de colaborar para que, no período pós-pandemia, as comunidades indígenas invistam em processos de geração de renda, sempre respeitando a autonomia e a vontade de cada etnia.
Principais ações da Funai no combate ao coronavírus
• R$ 45 milhões investidos em ações preventivas
• 500 mil cestas básicas entregues a indígenas (recursos próprios, doações e itens adquiridos com recursos do MMFDH)
• 69,7 mil kits de higiene e limpeza distribuídos a indígenas de todo o país
• R$ 12 milhões investidos em etnodesenvolvimento
• Central de Atendimento da Funai à Covid-19
• suspensão das autorizações para ingresso em Terras Indígenas
• R$ 11,8 milhões destinados a ações de proteção territorial
• suporte a 313 barreiras sanitárias
• 306 ações de fiscalização em 221 Terras Indígenas
• 200 mil itens de EPIs enviados às unidades descentralizadas
Assessoria de Comunicação/Funai
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