Dos mais de 14 mil profissionais de saúde, 6,8 mil são indígenas, que realizam atendimentos em aldeias atendidas pela Sesai
Seja com sol ou chuva, ou em uma localidade de difícil acesso, o Ministério da Saúde realiza constantemente esforços para atender cerca de 755 mil indígenas instalados em mais de seis mil aldeias de todo o país. No Dia do Índio, celebrado em 19 de abril, a pasta destaca as ações em saúde voltadas para esses povos – a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) é a responsável por prestar esse atendimento de atenção primária a indígenas aldeados de 305 etnias e que falam 274 línguas.
Apesar das dificuldades de locomoção e as especificidades culturais, os indígenas recebem atendimentos como exames de aferição da diabetes e verificação da situação das gestantes, das crianças e das famílias. Durante a pandemia da covid-19, os cuidados foram ampliados, com o desenvolvimento de estratégias de proteção, prevenção, diagnóstico e tratamento para a doença, além do envio de insumos e equipamentos de proteção às aldeias.
Para realizar o atendimento dessa população vulnerável, o Ministério da Saúde conta com mais de 14 mil profissionais de saúde – desses, 6,8 mil são indígenas. “A Sesai realiza um trabalho muito próximo do que uma prefeitura faz. Ela tem Polos Base e postos de saúde, que são as Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) nos territórios abrangidos pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI)”, destaca o secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva.
COVID-19
A vacinação dos indígenas aldeados caminha em bom ritmo. Desde o primeiro lote recebido pelo Governo Federal, doses da vacina covid-19 foram distribuídas para imunizar a população indígena que é atendida pela Sesai. Até o momento, foram enviadas mais de 910 mil doses da vacina covid-19 para atender aproximadamente 400 mil pessoas acima de 18 anos, ou seja, que estão dentro do público-alvo.
“Já alcançamos 90% em alguns distritos. Nossa meta foi plenamente atendida e continua. Em outros distritos, os índices estão entre 57% e 75%”, pontua o secretário Robson. “Estamos fazendo vários trabalhos e campanhas de conscientização”, completa.
Outro ponto para avançar na vacinação é o trabalho realizado pelos DSEI, onde realizam iniciativas de busca ativa, ou seja, indo de casa em casa e conversando com lideranças indígenas. “As perspectivas são boas e as medidas restritivas de não aglomerar e usar máscara devem continuar. A vacina protege, mas a gente precisa fazer a nossa parte”, finaliza o secretário.
Ministério da Saúde
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