Abordando interculturalidade e temas considerados tabus, encontro reúne, em Brasília, profissionais dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis)
Foto: Luís Oliveira/SESAI
OMinistério da Saúde iniciou nessa terça-feira (15), em Brasília, a 1ª Oficina de Vigilância e Promoção dos Direitos Sexuais e Reprodutivos na Saúde Indígena. A realização é da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), com participação das Secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e Executiva (SE).
A diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena, Putira Sacuena, afirmou que a realização da oficina chega num momento de extrema importância, principalmente para reforçar e garantir os direitos das indígenas mulheres nos territórios, que muitas vezes são vítimas de violência, e muitas vezes sequer conhecem seus direitos acerca de seus corpos. “Qualificar nossos 34 Dseis com essa oficina torna para nós um elemento para que possamos reproduzir as tecnologias de cuidado da medicina ocidental, mas também reconhecer e valorizar outras tecnologias de saúde que já existem no território”, completa a diretora.
A representante do UNFPA, Júnia Quiroga, ressaltou a relevância da parceria entre o UNFPA e a Sesai, que começa com a realização desta oficina, e a contribuição que ela traz para os profissionais dos 34 Dseis que receberão amplo conteúdo pelos próximos dias, além do compartilhamento das experiências em seus territórios, o que fortalece a troca de conhecimento e soluções coletivas no cuidado como um todo. “Debater amplamente aspectos da provisão do direito, do acesso ao direito à saúde sexual e reprodutiva nesses três dias vai ser, com certeza, enriquecedor para as populações atendidas nos 34 distritos”, observa. Foto: Luís Oliveira/SESAI
Com programação ampla, durante os três dias os técnicos e profissionais das secretarias e organizações realizadoras trarão temas como: Saúde sexual e reprodutiva na agenda de direitos humanos, Panorama das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) na Saúde Indígena, Importância das ações voltadas aos Direitos Sexuais e Reprodutivos (DSR) no território, Atenção Psicossocial no contexto de violência, Diagnóstico do HIV, Sífilis, Hepatites Virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Prevenção Combinada, PrEP e PEP nos territórios indígenas, Manejo Clínico da sífilis e outras IST nos territórios Indígenas entre outros.
O evento vai até a próxima quinta-feira (17), no Hotel Grand Bittar.
Sílvia Alves
Ministério da SaúdeCategoria
Saúde e Vigilância Sanitária
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