O jovem caçador Damë, de 29 anos, sofreu um acidente com a própria espingarda durante uma caçada na floresta e morreu. A assistência médica, que precisaria de um helicóptero para removê-lo ao hospital, não chegou a tempo. Ele era filho de Binan Tuku e Tupá, do povo Matis, lideranças da Terra Indígena Vale do Javari, no oeste do Amazonas. “Não havia outro helicóptero disponível? Do Exército brasileiro? Em Cruzeiro do Sul? Não havia nenhum modo de salvar a vida de Damë? As perguntas e o choro corriam com minhas lágrimas”, questiona a autora deste artigo, Barbara Arisi. (Acima, imagem de Damë Matis quando menino pilotando canoa na proa (Foto: Barbara Arisi/ 2009).


Terra Indígena Vale do Javari. É noite na maloca, os homens Matis tomam tatxik, uma bebida feita de raspas de um cipó que espremem na cuia de cerâmica e misturam com água; às vezes acrescentam um pouco de pimenta. Bebida que traz força da floresta amazônica. Há um fogo no meio do círculo, bem no centro das colunas altas da casa comunal coberta do piso ao cume por telhados trançados de palha de cocão e jarina. Conversam, alguém descansa na rede, outros sentam-se em um círculo sobre banquinhos feitos das madeiras magníficas da floresta amazônica, toras cortadas no machado e bem no meio. 

Um canta canções de onça (kamun, na língua Matis), logo outro homem relembra alguma caçada ou pescaria, a gente ouve e conta causos de cercar grupo de queixada, de macacos barrigudos, de pássaro mutum que fugiu ou que foi pego com um dardo certeiro de zarabatana ou aquele macaco que ficou preso pelo rabo, bem lá, no galho alto da copa, mesmo depois de ser atingido por tiro de espingarda. História dos tempos antigos que os não indígenas chamam de mito serão também compartilhadas às vezes. Uma tocha feita de folhas envolvendo resinas de árvores, além de alumiar, perfuma o ambiente. 

Nestas noites, os Matis esperam que o sol reapareça para que vivam o dia seguinte, os caçadores combinam, ao redor deste fogo, onde pretendem caçar ou pescar amanhã, ou se vão dedicar o dia a derrubar algumas árvores altíssimas para preparar nova roça de mandioca e bananas, ou se vão construir ou reformar alguma das casas. Essa é uma memória indelével que tenho de meu trabalho de campo no rio Ituí em 2006. Muita transformação acelerada houve nas comunidades Matis, de lá para cá.

Hoje, quero contar a dor de saber que, para o jovem caçador Damë, filho de Binan Tuku e Tupá, o sol não virá mais. Daqui onde moro, no norte da Holanda, vejo uma postagem de Mëse onde fala de Deus, estranho e comento: “a floresta nos abençoa todo dia, os Matis”. Logo Mësë responde minha mensagem, lá em Atalaia do Norte, na beira do rio Javari, na curva entre Brasil e Peru, eram quase quatro horas da madrugada. Meu telefone toca. Binan Tuku apenas me diz: “Nukun bakuë bamá”. Em língua Matis, Binan se lamentava: “meu menino não existe mais”. Choramos juntos. A velha Tupá vem chorar ao telefone também, fala “meu menino morreu”, ao que eu repito ou acrescento algo, repetimos muitas vezes uma para outra que Damë morreu. Ouço ao fundo o lamento de Binan Tuku. Não conseguimos acreditar. É o início do que sabemos que será um luto doloroso para todo este povo indígena.

Damë era um dos jovens que ainda sabia caçar com arco e flecha. As flechas Matis são feitas de taboca, penas preta do pássaro mutum cuidadosamente cortadas bem no meio do raque, o meio da pluma, como o “caule” dela. Cada metade da parte longa da pena é guardada e amarrada de um lado da taboca com um fio orgânico bem fininho que será cuidadosamente entremeado por entre as barbas da pena. Depois se cobre com resina cozida com outros ingredientes e que é a mesma usada para cobrir as zarabatanas que podem chegar a até quatro metros.https://www.youtube.com/embed/aQk1uCGBt90

Povo caçador cuida muito para que cada flecha tenha perfeita balística. É um saber tradicional que passa de um homem mais velho para um mais jovem na arte da confecção de armas indígenas que serão usadas para caçar e não para serem vendidas para turistas. Embora, eventualmente, algumas sejam; todas flechas Matis têm balística impecável. Para quem não sabe o que é, explico: balística é o estudo do movimento de projéteis e munição para que elas acertem os alvos sem se desviarem. As flechas Matis têm a ponta feita de um tipo de taquara, tem cerca de um metro e meio de comprimento, apenas a ponta tem 52 centímetros de comprimento e seis de largura. E serve para caçar queixada, que é como se chama o porco selvagem amazônico no Norte do país. Damë sabia caçar com arco e flecha e ele tinha 29 anos quando morreu esta semana em um acidente com sua espingarda 16mm.

Ao longo da quarta-feira, 14 de agosto, troco mensagens com a médica Jemima Braga, que recém retornara “do alto” (como nos referimos a estar no alto curso dos rios da Terra Indígena Vale do Javari). Ela estava em plantão no pólo base do rio Branco, onde há atualmente as cinco aldeias do povo Matis. Com Jemima e Mësë, reconstruo o que houve. Damë saíra para caçar queixada com seus familiares; ao pular sobre uma árvore caída, a arma de cano longo soltou-se de sua mão e a bala 16mm atingiu-lhe a frente de sua coxa esquerda. O acidente ocorreu às 13 horas de terça-feira. Seus companheiros o acudiram, tentaram estancar o sangue, fizeram um torniquete, o colocaram às costas e o levaram até a aldeia Txëxë Wassá (Rio Branco, em língua Matis. O enfermeiro pediu um helicóptero para fazer “remoção”, jargão médico para o transporte de pacientes para um local de tratamento que ofereça mais recursos. A aeronave se encontrava “removendo” outro paciente e retornou a Atalaia do Norte às 17 horas. O planejamento da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai) era enviar o helicóptero para buscar Damë no raiar do sol de quarta-feira, pois a partir das 18 horas escurece na região e é perigoso voar. Não havia outro helicóptero disponível? Do Exército brasileiro? Em Cruzeiro do Sul? Não havia nenhum modo de salvar a vida de Damë? As perguntas e o choro corriam com minhas lágrimas.

O acidente de caça resultou na morte do jovem caçador, irmão mais velho (butxi, em Matis) de Mësë. Choramos dois dias juntos, mesmo com o oceano Atlântico a nos separar. Conheci tanto Mëse quanto Damë quando tive a “dádiva antropológica” (presente da minha profissão de pesquisadora) de morar na aldeia onde esses dois meninos cresciam, aldeia Aurélio, em 2006 e em 2009. Eu ia praticamente todas as tardes no conjunto de casas onde Binan Tuku morava com suas duas esposas: Tupá e Dani. Elas são irmãs, forma de família tradicional do povo Matis, os filhos as chamam de “mãe”e “mãe outra”. Cada uma tinha sua casa de paxiúba e moravam perto de outros irmãos e parentes, como a mãe delas, a velha ceramista Chawá. 

A casa de Iva Wassá era construída sobre pilotis bem mais altos que as outras, eu escalava a escada para conversar com ele sobre os trabalhos que ele fazia para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Iva carregava Damë no colo e o menino adorava aquele tio, forte e carinhoso que sempre trazia muita comida de caça para as panelas de barro de suas mães. 

Certo dia, Binan Tuku resolveu me contar suas memórias sobre o momento em que seu pai resolveu ir ao encontro dos não-indígenas que estavam tentando o que o governo brasileiro chama de “contato”, mas resultou no quase extermínio do povo Matis. Era o ano de 1976, os funcionário da Funai deixavam presentes pendurados em pequenos “tapiris” (telhadinho entre dois troncos que serve de acampamento temporário na selva). É parte do método que o governo brasileiro chama de “atração” para fazer o que designam “contato”. O que houve a partir deste primeiro encontro, quando o velho caçador cego de um olho que era pai de Binan Tuku estabeleceu o “contato” foi um quase genocídio.

Binan Tuku contou como, ainda bem jovem, ajudou a cavar as covas para devolver ao solo da floresta os corpos de seu pai, de sua mãe, tios, tias, primas, primos e muitas crianças de seus parentes. Os Matis quase foram dizimados pelo governo brasileiro, em um episódio que ainda não foi reparado historicamente. A Funai não tinha sequer um motor de popa que funcionasse. Os Matis não tinham os anti-corpos necessários para estarem expostos a tantas doenças trazidas pelos funcionários, a gripe logo se agravava para pneumonia. Fruto da política dos anos da ditadura civil-militar que explorava se havia (ou não) petróleo no território onde hoje é a Terra Indígena Vale do Javari (homologada em 2001), a ganância e o despreparo da empresa estatal e do governo brasileiro resultou na morte de dois terços da população Matis. Uma gravíssima violação dos direitos humanos do povo Matis, provocada pela ação e inação do governo brasileiro. Um funcionário a quem entrevistei disse que os Matis foram reduzidos de cerca de 300 pessoas a cerca de 50. Este senhor trabalhou na busca de corpos e auxílio aos sobreviventes. Um dos relatos mais terríveis que ouvi é o de um menino que foi resgatado de uma maloca onde todos estavam mortos e apenas ele, um bebê, havia sobrevivido, encontrado ao lado do cadáver de sua mãe. Quem me contou foi o próprio sobrevivente, que escutou a história contada pelos mais velhos que acolheram e cuidaram dele, órfão.

No dia em que Binan desenterrou seu trauma de abrir as covas que receberam os corpos de seus familiares, o pequeno Mësë estava na rede no colo de Dani e Damë sentado no chão de paxiúba aos pés de Tupá. Binan Tuku chorava; eu anotava em minha caderneta e gravava suas palavras. Binan foi também o primeiro de seu povo a conhecer a cidade. Chegou a Atalaia do Norte, em junho de 1982, como ajudante da Funai, numa canoa que carregava os corpos de trabalhadores contratados pela Funai e Petrobrás, Amélio Wadick e José Pacífico, mortos a golpes de bordunas, ao voltarem de pescar, atacados por um grupo de indígenas Korubo. O filho de Amélio tornou-se o antropólogo Kell Wadick, defensor dos povos indígenas do Vale do Javari e promotor de direitos humanos na região.

As vidas de quem vive e trabalha na Terra Indígena Vale do Javari são entremeadas de dramas como estes que venho contando. Há dois anos atrás, o território virou novamente capa de jornais e revistas pelo mundo todo por conta dos assassinatos do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, durante o governo Bolsonaro. Os Matis foram os que conseguiram achar os vestígios para que os corpos dos dois fossem encontrados. 

Além de suas lembranças como testemunha do contato dos Matis com a Funai, em 1976, Binan Tuku também participou do grupo encabeçado pelo sertanista Sydney Possuelo que estabeleceu uma relação pacífica com uma parcela do povo Korubo em 1996. Uma imagem do fotógrafo Ricardo Beliel mostra Binan com a mão sobre seu peito, onde tem tatuada a palavra Matis, cantando a plenos pulmões para os Korubo. Ao fundo, vemos o rosto repleto de admiração do sertanista. Em setembro e novembro de 2023, Binan Tuku e eu trabalhamos novamente juntos como interlocutores e tradutores culturais, em três aldeias do povo Korubo, ajudando um cineasta europeu. Colocamos os assuntos em dia, dormi muitas vezes no chão da casa de seu filho Binin que trabalha de moto táxi em Atalaia do Norte, enquanto Binan sesteava na rede. 

Binan Tuku canta para os Korubo, com Possuelo (ao fundo), no primeiro contato com o grupo de Mayá, em 1996 (Foto: Ricardo Beliel).

Binan havia me telefonado esta semana para deixar uma mensagem de áudio onde contava que Tupá, sua primeira esposa, havia feito uma cirurgia para corrigir uma ferida que não cicatrizara bem desde uma cesariana.

Quando morei nas aldeias, chamava-me atenção como as mulheres tinham medo de parir na cidade, pois os médicos as tratavam com muito preconceito. Muitas tinham marcas grandes dos cortes de cesariana, alguns feitos verticalmente em suas barrigas. Elas me contaram diversos episódios que eu compreendi como “violência obstétrica”. Por este motivo, por estar recém operada, Tupá não pôde participar do enterro de seu filho Damë. Binan Tuku voou, junto a seu filho Tumi Marcos, no mesmo helicóptero que poderia ter resgatado Damë para receber um atendimento hospitalar e ter mais chances de sobreviver o acidente. Ficamos pensando na dor de Tupá em não poder estar presente no enterro de seu filho. E em como ela sequer precisaria estar hospitalizada, caso o corte decorrente de seu último parto tivesse cicatrizado.

Muitas mortes na Terra Indígena Vale do Javari ocorrem por conta do sistema de saúde que ainda é falho e pelas distâncias enormes que dificultam a logística. Em 2011, com o antropólogo Pedro Cesarino e a médica Deise Francisco ajudei a fazer um diagnóstico de saúde com recomendações ao Ministério de Saúde brasileiro. Uma das propostas feitas pela doutora Deise Francisco, experiente com seus muitos anos no atendimento de saúde na Terra Indígena Yanomami, era de que houvessem pistas de pouso para pequenas aeronaves poderem resgatar pacientes em caso de emergências, como o acidente de caça que matou o jovem Damë. 

Sydney Possuelo com Binan Tuku Matis no primeiro contato com os Korubo em1996 (Foto cedida por Ricardo Ricardo Beliel).

Com Mësë, ontem, sonhamos fazer uma oficina de caça de arco e flecha nas aldeias onde os caçadores já não se encontram mais à noite ao redor da tocha perfumada e do fogo, onde os jovens não cantam mais canções de onça. A médica Jemima me conta que agora há muitas casas com telhados de zinco ondulado e não mais tantos telhados trançados das folhas de jarina. Muitas mulheres cozinham em casa e enviam as crianças panelinhas com comida para os poucos homens que sentam no interior da maloca, a casa comunal. A possibilidade de internet móvel oferecida pelos satélites da Starlink criam oportunidade para que meu amigo Binan Tuku possa conversar comigo, no Norte da Holanda, e que conversem com profissionais de saúde que orientam condutas de atendimento à distância, mas também faz com que muitos jovens troquem horas de convivência comunitária por assistir filminhos de Tik Tok. 

Além do impacto da internet nas comunidades, uma transformação radical que observei em 2023 foi a quantidade de velhas e velhos Matis que vivem agora na cidade. Antigamente, apenas jovens estudantes ficavam na cidade de Atalaia do Norte para cursarem a escola não indígena. De acordo com um levantamento feito pela Secretaria de Saúde Indígena, realizado para o controle de doenças sexualmente transmissíveis, atualmente metade da população do povo Matis vive nas aldeias e a outra metade em cidades como Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga e mesmo em São Paulo, onde um jovem cursa História.

Os Matis são cerca de 400 pessoas, famosos no mundo todo, foram filmados por Jacques e Celine Costeau, Bruce Parry e diversas redes de tevê como a MBC da Coreia do Sul, a BBC e a TV Globo. São reconhecidos por sua maestria na caça com zarabatana, com a qual se apresentaram em praticamente todas edições dos Jogos Olímpicos Indígenas. Esta arma é uma das marcas da identidade do povo Matis; além de suas tatuagens faciais em ambas bochechas, têmporas e testa que mulheres e homens exibem com orgulho; seus brincos de concha nacarada e taboca, seus mananukit, decoração facial dos homens colocada em perfurações ao lado das aletas do nariz.

Na quinta-feira, Messe mandou uma foto de meu amigo Binan Tuku agachado de cócoras no solo onde vemos uma cova aberta. Binan toca a tampa do caixão feito de madeira (antigamente os Matis enrolavam os corpos em rede). Ele tem o rosto contorcido pela dor. Em pé, reconheço Iva Wassá e minha mãe adotiva Matis Kaná Ëxkó com uma criança pendurada em seu pescoço. Muitas outras mulheres, crianças e jovens estão prestando atenção enquanto os homens descem com corda o caixão para dentro da terra. 

Pensei no que as mulheres da Associação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) ensinam sobre a relação corpo-território-bioma. Entre as lágrimas salgadas que ainda correm pelos nossos rostos, Mësë, Tupá, as e os Matis que moram hoje fora de suas aldeias, a médica Jemima e eu, pudemos mesmo de longe acompanhar o enterro. Era a cena final de uma vida de um homem trabalhador, dedicado a criar comunidade; a devolução do corpo do jovem caçador, agricultor, pai de três crianças. O corpo de Damë vai alimentar a floresta amazônica. A Terra Indígena Vale do Javari, terra onde seus antepassados viveram, amaram, fizeram filhas e filhos, floresta que seus antepassados ajudaram a criar, com suas capoeiras de pupunha, suas roças que, abandonadas, alimentam tantos outros animais.

Uma filha de Damë se chama Bruna Damielly Kaná Pinto Matis, sua mãe é brasileira. Um dia, ela vai crescer e vai talvez ler este texto para saber como as nossas vidas estão relacionadas nestas redes cósmicas alimentares, um conceito que aprendi ao ler o antropólogo Kaj Arnhen. A caça, explica este antropólogo, representa um momento importantíssimo na relação dos humanos com os outros animais. Para os Matis, os animais são seres que falam com seus cantos e assobios, que pensam e, com eles e como eles, na maloca os Matis dançam.


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 Sobre a matéria

Barbara

 Barbara Arisi

É jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e antropóloga com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Como repórter trabalhou no jornal Zero Hora. Fez estágio doutoral como antropóloga pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Nasceu em Porto Alegre (RS) e morou em Foz do Iguaçu (PR), Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Manaus (AM), em Londres, Amsterdam, Maastricht, Hoorn e vive agora em Groningen (Holanda). Foi professora concursada pela Universidade Federal da Integração-Latino Americana, em Foz do Iguaçu (PR) e pesquisadora visitante na Vrije Universiteit Amsterdam, onde estudou manejo de resíduos sólidos (plásticos e orgânicos). No Brasil, trabalhou na campanha do Greenpeace Amazônia pela criação da Reserva Extrativista de Porto de Moz e da Verde para Sempre, no Pará, em 2003. Há 21 anos faz pesquisas na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas; em 2006 e 2009 com financiamento da Capes e do CNPq. Atualmente, escreve um livro sobre os povos Matis e Korubo e colabora para o site de jornalismo independente Amazônia Real.

Fonte: https://amazoniareal.com.br/nukun-bakue-bama-dame-meu-menino-nao-existe-mais/

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