‘Nosso objetivo é mostrar que o indígena também tem profissão, que sabemos contar nossas histórias’, diz ele
Naia Waurá, Takumã Kuikuro e Kalutata Kuikuro durante as gravações – Jair Cineasta Kuikuro/Divulgação
Mônica Bergamo
Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
O cineasta Takumã Kuikuro deverá lançar em 2025 a série documental “Gente do Xingu”. A produção, que começou a ser gravada no fim deste ano, acompanha xinguanos em suas atividades do dia a dia.
A ideia é retratar como é a vida no Território Indígena do Xingu, área de 2,8 milhões de hectares no Mato Grosso, uma faixa de transição entre o cerrado e a Amazônia. “Nosso objetivo é mostrar que o indígena também tem profissão, que sabemos contar nossas histórias e que queremos viver em paz com a floresta e os brancos”, diz o cineasta, que faz parte do povo Kuikuru e cresceu na região.
A equipe que trabalha na série é formada majoritariamente por indígenas. “Para nós, Kuikuro, o cinema é uma forma de preservar nossas histórias, nossos cantos e a memória dos nossos antepassados. Também é um modo de mostrar ao mundo a força da nossa cultura e exigir respeito ao nosso povo e à floresta”, prossegue ele.
O trabalho é uma coprodução entre a Xingu Filmes, o Coletivo Kuikuro de Cinema, Lamiré, Palmira Filmes e Olho-Pião Filmes.
Takumã Kuikuro dirigiu o documentário “As Hiper-Mulheres” (2011) e já foi premiado em festivais de cinema.
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