Foto: Lohana Chaves/Funai
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Esta semana, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) sedia o Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI), um espaço voltado para ampliar o diálogo entre pesquisadores, indígenas, estudantes e representantes de diversos setores da sociedade, para discutir temas que vão desde arte e cultura até educação, ancestralidade e perspectivas para o bem-viver dos povos indígenas.
A edição de 2024 ganhou destaque ao abordar temas fundamentais como a preservação cultural e ambiental. O evento teve início com a participação da presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, na mesa de abertura realizada nesta terça-feira, 20.
Em sua fala, Joenia elogiou a realização do COIMI, que acontece bienalmente e foi idealizado pelo grupo de pesquisa internacional Seminário Permanente Mundos Indígenas – Abya Yala (SEPMIAI), em parceria com a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba.
A presidenta apresentou reflexões sobre o tema de seu painel, que discutiu arte, cultura, ancestralidade e visões para o bem-viver: “Nós, indígenas, não pensamos apenas em nós mesmos; a nossa luta é pela coletividade. Quando mantemos uma floresta em pé ou protegemos uma nascente, estamos pensando não só nas terras indígenas, mas em toda a sociedade que precisa de um ambiente saudável”.
Em relação à diversidade de expressões culturais indígenas, Joenia destacou a importância da valorização dessas culturas, utilizando as pinturas indígenas como exemplo: “O desconhecimento da pintura indígena muitas vezes gera reações adversas. O que pode ser ofensivo para uma cultura pode ser uma forma de expressão, de luta e de vida para outra. É uma manifestação que marca a presença do povo e a forma de se manifestar”.Foto: Lohana Chaves/Funai
A presidenta, primeira mulher indígena eleita deputada federal, também abordou o preconceito enfrentado pelos povos indígenas em diversas esferas da sociedade. “Há pessoas que se incomodam até com a palavra ‘indígena’, com a presença indígena e com o fato de o povo indígena ocupar espaços de destaque, como em um Congresso Nacional”.
Joenia fez uma importante reflexão sobre o papel dos povos indígenas no enfrentamento da crise climática: “Os povos indígenas têm um papel fundamental nesse combate, pois as terras indígenas são estratégicas nesse enfrentamento. No passado, falávamos sobre isso, mas frequentemente não valorizamos a demarcação das terras indígenas, especialmente aqui no estado de Roraima, onde se fala que ‘são muitas terras para poucos índios’”.Foto: Lohana Chaves/Funai
A educação indígena no Brasil foi tema de saudação do professor José Geraldo Ticianelli, reitor da UFRR e Presidente de Honra do V COIMI, que ressaltou a crescente abertura das universidades para as comunidades indígenas como essencial para a transformação social: “Se uma instituição de ensino superior não muda a realidade em que está inserida, não há motivo para sua existência. É nosso sonho, que a cada dia vem se concretizando, e a presença de vocês aqui com um tema tão relevante, que é missão da nossa instituição, consolida um pouquinho mais essa luta”.
O COIMI ocorre de 20 a 23 de agosto, com uma programação diversificada que inclui palestras, debates e apresentações artísticas, consolidando-se como um evento fundamental na promoção da diversidade cultural e na defesa dos direitos dos povos indígenas.
Assessoria de Comunicação/FunaiCategoria
Meio Ambiente e Clima
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