• Quem Somos
  • Login
OBIND
  • Início
  • Notícias
    • COVID-19
  • Eventos
  • Publicações
  • Acervos
    • Mostra: Ditadura e os Índios no Brasil
    • Videoteca Armazém Memória
    • CACI
  • Área dos pesquisadores
Escolha uma Página

AMAZÔNIA REAL: Bolsonaro, a “pessoa que não tem valor”

por Monitoramento | maio 27, 2021 | Matérias | 0 Comentários

Liderança André Baniwa disse que Bolsonaro é uma pessoa ‘makadawalitsa‘, o mesmo que grosseiro e sem valor. Para André, presidente fez pouco caso do conhecimento indígena.

Na imagem acima, Bolsonaro sem máscara em meio aos indígenas na “inauguração” da ponte Rodrigo e Cibele. (Foto: Marcos Corrêa/PR).


Por Leanderson Lima e Elaíze Farias, da Amazônia Real

Manaus (AM) – Em uma live na internet na noite de quinta-feira (27), durante visita a São Gabriel da Cachoeira, município no norte do Amazonas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) provocou a CPI da Pandemia sugerindo que os senadores convoquem indígenas que utilizam a medicina tradicional na prevenção do novo coronavírus. E, sem máscara, voltou a dizer que usou de remédio sem eficácia comprovada quando apresentou sintomas de reinfecção de Covid-19 no início do mês.

Em São Gabriel da Cachoeira, ele esteve em comunidades da Terra Indígena Balaio, e na comunidade Maturacá, na Terra Indígena Yanomami (ambas no Amazonas). Bolsonaro se referiu aos indígenas da TI Balaio, onde a maioria é do povo Tukano, como “os balaios”.

“Perguntei num primeiro momento quando estive na comunidade dos balaios, que fica perto da BR-307. Eu perguntei: ‘foi antes da vacina’ [sobre casos de covid-19]? ‘Foi antes da vacina’. ‘Não morreram por que’? ‘Tomaram alguma coisa?’ Anota aí. Segundo eles, tomaram chá de canapanaúba, saracura ou jambu. Não tem comprovação científica. Mas tomaram isso”, disparou ele, demonstrando pouco caso. As três plantas citadas são espécies nativas da Amazônia comuns entre povos indígenas e populações tradicionais, mas também são utilizadas em pesquisas científicas.

“Ele [Bolsonaro] fez essas perguntas [aos indígenas, sobre os chás] não para valorizar sobre as plantas tradicionais na comunidade. Ele fez isso para ter argumentos para provocar os adversários; a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no caso. Não é para valorizar conhecimento. Eu acho péssima essa atitude do presidente”, criticou André Fernando Baniwa, da Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), sobre a postura de deboche do presidente. André Baniwa é uma das mais reconhecidas lideranças do Alto Rio Negro.

“Eu não sei como chamar esse presidente. Em baniwa, a gente chama de ‘makadawalitsa’, que é uma pessoa que a gente considera que não tem valor, bagunceira. Tudo o que diz parece que não tem sentido, mas ao mesmo tempo está destruindo tudo. Esse é o sentido. Em português, deve ser isso: grosseiro, tosco”, resumiu André Baniwa.

Chá de carapanaúba

Anciã indígena na inauguração da ponte na comunidade da TI do Balaio (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Na viagem a São Gabriel da Cachoeira, Bolsonaro disse que também conversou com os indígenas Yanomami no 5º Pelotão Especial de Fronteira, no entorno da região de Maturacá, e que teria sido informado por eles que houve apenas três mortes por Covid-19. “Eram índios já bastante idosos. Com toda certeza deveriam ter alguma comorbidade. E falaram que tomaram também…chá de carapanaúba, saracura e jambu”, insistiu o presidente.

A pandemia foi devastadora na região do Alto Rio Negro: 2.332 indígenas foram infectados pelo novo coronavírus e 26 morreram, segundo dados do Ministério da Saúde. O único hospital da região, administrado pelo Exército, não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No ano passado, cerca de oito pessoas enfrentaram risco de morrer por falta de oxigênio.

Segundo a Rede Pró-Yanomami e Ye’kwana, que monitora a pandemia no território no Amazonas e em Roraima, 21 indígenas desses dois povos morreram por Covid-19 desde abril de 2020. Outras dez mortes estão sendo investigadas e 13 são suspeitas de infecção pelo vírus.

Em um outro momento da live, Bolsonaro voltou a defender o uso da medicação sem eficácia ao falar que teve sintomas de Covid-19, mas não citou os nomes cloroquina ou ivermectina, remédios do tratamento precoce instituído na gestão do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que é investigado pela CPI da Pandemia.  “Eu não vou falar aquilo que eu tomei lá no Brasil, porque senão vão cortar o sinal meu da internet”, referiu-se, mesmo estando em território nacional.

Desde 3 de abril, Bolsonaro pode se imunizar no Distrito Federal, mas ele já declarou que não iria tomar a vacina. Ele não informou se fez um teste de Covid-19 para comprovar o que fala. Em vez disso, provocou diversas aglomerações desde então e caso a reinfecção seja real pode ter colocado centenas em risco.

Ataques à CPI da Pandemia

Bolsonaro durante a live (Foto Reprodução Facebook)

Na live, realizada dentro do 5º Pelotão, localizado em Maturacá, Bolsonaro fez ataques ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD). “Omar Aziz, pelo amor de Deus. Eu não quero entrar em detalhes para discutir como era a saúde no teu estado no tempo que tu foi governador, aqui, e o que aconteceu depois”, numa clara referência a operação Maus Caminhos, da Polícia Federal, que prendeu familiares do senador em 2019.

Com mais ironias, Bolsonaro insinuou que os indígenas estavam tomando remédios sem legitimidade científica para novamente provocar Aziz. “Poderia nessa querida CPI do Senado, que tem como presidente o senador Omar Aziz, poderia convocar os índios para ouvi-los e levar o chá saracura e jambu. Lá nos balaios [sic]. Mas os índios não se enquadram nessa questão de convocação, são protegidos por lei. Mas poderia convidar para ouvi-los e levar o chá de carapaúba, saracura e jambu”, desinformou.

São Gabriel da Cachoeira fica a 856 quilômetros de Manaus. O acesso à região é por via fluvial e aérea. A maioria da população, cerca de 45 mil habitantes, é indígena de 23 etnias diferentes. Cerca de 25 mil indígenas vivem em 750 comunidades. São 11 terras indígenas na região do Alto Rio Negro, que também abrange os municípios de Santa Izabel do Rio Negro e Barcelos.

O repúdio dos indígenas

  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 O presidente Bolsonaro desembarca usando máscara (Foto: Marcos Corrêa/PR)
  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 O presidente Bolsonaro desembarca usando máscara (Foto: Marcos Corrêa/PR)
  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 O presidente Bolsonaro desembarca usando máscara acompanhado de militares (Foto: Marcos Corrêa/PR)
  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 Mas guando vai para o saguão onde uma multidão o aguardava, caminha sem a máscara (Foto: Reprodução Redes Sociais)
  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 Mas guando vai para o saguão onde uma multidão o aguardava, caminha sem a máscara (Foto: Reprodução de vídeo Redes Sociais)
  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 Mas guando vai para o saguão onde uma multidão o aguardava, caminha sem a máscara (Foto: Reprodução de vídeo das Redes Sociais)
  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 Bolsonaro na ” inauguração” da ponte Rodrigo e Cibele, Bolsonaro cumprimenta a população sem usar máscara (Foto: Marcos Corrêa/PR)
  • São Gabriel da Cachoeira – AM, 27/05/2021 Bolsonaro na ” inauguração” da ponte Rodrigo e Cibele, Bolsonaro cumprimenta indígenas sem usar máscara (Foto: Marcos Corrêa/PR)

<>

O presidente chegou na manhã de quinta-feira em São Gabriel da Cachoeira e inaugurou uma ponte de madeira construída pelo Exército na BR-307. A ligação passa pelos entornos das Terras Indígenas Balaio e Yanomami e segue até Cucuí, na tríplice fronteira do Brasil com Venezuela e Colômbia. A região vive em estado de tensão com a entrada de garimpeiros para os territórios indígenas.

Embora tenha desembarcado com máscaras, ao ser recebido por populares no aeroporto do município, Bolsonaro causou aglomerações e dispensou o uso da proteção. Na live, embora já tenha declarado que apresentou sintomas de reinfecção, tossiu algumas vezes ao lado do tradutor de línguas de sinais. E como aparece em um vídeo com militares, durante o almoço, discursou também sem o uso de máscara.

O presidente não deu declarações à imprensa. Desde o dia 10 de maio, quando aconteceu o primeiro ataque à aldeia Palimiu, do povo Yanomami, em Roraima, por garimpeiros ligados à facção do narcotráfico PCC, ele se mantém em silêncio sobre o assunto.

Cartas de repúdio

André Baniwa mostra uma carta contra a mineração em terra indígena, em foto de 2017 (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real)

Antes da chegada de Bolsonaro a São Gabriel da Cachoeira, os indígenas do povo Baniwa, da comunidade de Tunuí-Cachoeira, escreveram uma carta de repúdio, por ocasião da ocasião da visita ao Alto Rio Negro e à comunidade Maturacá, dentro da TI Yanomami. Na carta, os Baniwa lembraram as pautas e ações anti indígenas do presidente, como por exemplo em favor da mineração.

“Manifestamos nossa total contrariedade a qualquer iniciativa de abertura das terras indígenas às atividades econômicas, políticas e culturais que venham ameaçar nossa paz e nossa tranquilidade de viver em nossas terras tradicionais conforme nossas tradições, culturas, nossos saberes, valores e modos milenares de vida e de existências”, diz o texto, que lembra todos os problemas que os garimpos costumam trazer à reboque.

“Somos contrários à mineração que causa graves problemas socioculturais para nossos povos, comunidades e famílias, por meio da desestruturação social, cultural, familiar, exploração sexual, drogas, alcoolismo, doenças transmissíveis, alta de preços, outros males e violências”, pontua.

Para o povo Baniwa, é um equívoco do governo federal entender que a  exploração mineral seja solução para o desenvolvimento dos povos indígenas. “A instalação de empreendimentos minerários provocaria um fluxo migratório para o interior das terras indígenas, deslocaria os povos tradicionais de seus locais de origem e impactaria o meio ambiente”, lembra os Baniwa na carta, que é assinada por 33 lideranças.

André Baniwa conta que a iniciativa da carta de repúdio é apenas o início de uma articulação indígena para enfrentar os ataques sistemáticos do governo federal à população indígena. “Na nossa avaliação, ele (Bolsonaro) está por trás de promover a mineração em terras indígenas. Ele quer legalizar. Então este é o contexto que levou a gente a fazer uma carta inicialmente de repúdio, mas a gente tem um plano mais forte para os próximos dias”, revela a liderança.

A ideia é mobilizar todas as comunidades do Rio Negro para desenvolver uma cartilha que será divulgada nas aldeias mostrando os perigos da política do governo federal, em realçãos aos constantes desrespeito aos direitos indígenas.

Yanomami reagem

Garimpo em Terras Indígena Yanomami (Foto: Chico Batata/Greenpeace)

O povo Yanomami também escreveu uma carta de repúdio à visita de Bolsonaro.  Os caciques, tuxauas, líderes e gestores das Associações Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayrca) e das Mulheres Yanomami Kumirayõma, assinaram o manifesto.

“Entendemos claramente da referida visita que o governo fará ao local do garimpo, tratar e tentar acordar conosco legalização de mineração no território Yanomami, portanto essa não é nossa ansiedade Yanomami. Ao contrário disso, exigimos que o governo deva implementar ações de fiscalização de forma  contínua nos entornos, limites dos territórios indígenas”, pontua as associações.

No documento, os Yanomami ressaltam que não haverá nenhum benefício satisfatório para os povos indígenas,a legalização da mineração naquela área. A carta ressalta ainda que os indígenas só tomam decisões a partir de um consentimento coletivo.

“Nós, yanomamis, não tomamos decisão de forma precipitada em algo que desrespeita anuência coletiva. Tratamos assuntos externos de forma coletiva. Não há único cacique no território yanomami para representar o povo em geral, no espaço político externo, porém, cada comunidade tem seu chefe. Essa diferença de organização social e governança do território deve ser respeitada pelo governo”, reafirmaram as lideranças.

Resposta do Exército

Imagem da inauguração da ponte em 02 de abril de 2021 (Foto: EB/Divulgação)

 

O Exército Brasileiro informou que a recuperação da ponte Rodrigo e Cibele faz parte do “Plano de Trabalho estabelecido entre o Exército Brasileiro e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, mediante Termo de Execução Descentralizada, cujo objeto é a execução dos serviços de manutenção, conservação e recuperação da rodovia BR-307/AM, no segmento compreendido entre o km 1.327,80 (São Gabriel da Cachoeira-AM) e o km 1.429,60 (Ponte da Comunidade do Balaio-AM), com uma extensão de 101,80 km”.

De acordo com o Exército, a obra foi executada por administração direta, pela 21ª Companhia de Engenharia de Construção, que empregou 19 militares. A ponte possui uma extensão de 18 metros e 6 de largura.

A Assessoria de Imprensa informou que o presidente seguiria para uma visita de rotina no pelotão do Exército Santa Isabel do Rio Negro, cidade vizinha a São Gabriel da Cachoeira, e deveria dormir no local. A volta à Brasília está prevista para esta sexta-feira (28).


Fonte: https://amazoniareal.com.br/bolsonaro-em-sao-gabriel-da-cachoeira/

Enviar Comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

dezembro 2025
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031  
« nov    

Categorias

  • Artigos dos Membros
  • Comunicados OBIND
  • Covid-19
  • Documentos Indígenas
  • Em Pauta
  • Eventos
  • GT
  • GT Diálogo e Participação Social
  • GT Direitos e Políticas de Saúde
  • GT Direitos Humanos Justiça e Reparação
  • GT Educação e Interculturalidade
  • GT Fronteiras Criminalização e Cidadania
  • Legislação
  • Matérias
  • Não marcar – GT Direitos Fundamentais Problemas Sociais e Qualidade de Vida
  • Publicações
  • Resenha Indígena
  • Uncategorized

Tags

Acre Alagoas am Amapá Amazonas Bahia Bolívia Brasil Brasilia Brasília Ceará Espírito Santo FUNAI Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Outros Países Paraná Paraíba Pará Pernambuco Piauí Povos Isolados Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Roraima Santa Catarina Sergipe São Paulo Tocantins Todas Notícias

Notícias

  • FOLHA DE S. PAULO: Com alfinetada em Merz, diplomata alemão anuncia doação para novo fundo indígena
  • AMAZÔNIA REAL: Para Karipuna, a luta pós-COP30 será “arrancar compromissos do papel”
  • AMAZÔNIA REAL: Queda de marquise na sede da Aldeia COP assusta indígenas após raio
  • AMAZÔNIA REAL: Lula homologa 4 terras indígenas, mas faltam 66 pela conta da Apib
  • APIB: Marcha Global Indígena pressiona COP30 por reconhecimento de direitos territoriais e garantia plena de participação em decisões climáticas

Comentários

  • Roseli menezes em FOLHA DE S. PAULO: Como o cacique Tibiriçá facilitou a vida dos jesuítas
  • Ismene Serra em FUNAI: Nota de pesar – Olympio Serra
  • ANDREIA PEREIRA DA SILVA em FOLHA DE SÃO PAULO: Trio de irmãs indígenas promove turismo em reserva no sul da Bahia
  • Yuri em FOLHA DE SÃO PAULO: Coronavírus chega à reserva indígena do Xingu, e Kuarup é cancelado pela 1ª vez
  • Marley Utumi em FOLHA DE S. PAULO: Indígenas e pequenos produtores plantam café em Rondônia e desafiam senso comum

Arquivos

  • novembro 2025
  • outubro 2025
  • setembro 2025
  • agosto 2025
  • julho 2025
  • junho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • fevereiro 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • outubro 2024
  • setembro 2024
  • agosto 2024
  • julho 2024
  • dezembro 2023
  • novembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • abril 2023
  • março 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • novembro 2022
  • outubro 2022
  • setembro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • junho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • fevereiro 2022
  • janeiro 2022
  • dezembro 2021
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • setembro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • junho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • fevereiro 2021
  • janeiro 2021
  • dezembro 2020
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • setembro 2020
  • agosto 2020
  • julho 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • fevereiro 2020
  • janeiro 2020
  • novembro 2019
  • abril 2019
  • março 2019
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • agosto 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • abril 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • dezembro 2017
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • setembro 2017
  • julho 2017
  • abril 2017
  • dezembro 2016
  • maio 2015
  • abril 2015
  • outubro 2013
  • maio 2013
  • novembro 2012
  • fevereiro 28
  • Facebook
  • X
  • Instagram
  • RSS

Projetado por Elegant Themes | Desenvolvido por WordPress